No último dia 12 de julho, um caso intrigou moradores de um condomínio de luxo localizado no Bairro Jardim Itália, em Cuiabá. Isabele Ramos, de 14 anos, foi morta por um tiro na cabeça, disparado pela amiga, outra adolescente de 14 anos. Segundo a menor, que não teve a identidade revelada, o tiro teria sido disparado de forma acidental, no momento em que guardava a arma em uma case. De acordo com o G1, o advogado da família da adolescente responsável por efetuar o disparo, afirmou que a menina subiu ao andar de cima para guardar uma arma a pedido de seu pai, e que, após a arma cair no chão, acabou disparando por acidente enquanto era recolhida pela menor.

O médico Wilson Guimarães Novais, amigo da família de Isabele, prestou depoimento à Polícia Civil e relatou uma série de fatos estranhos que teria observado na cena do crime. Wilson foi um dos primeiros a chegar no local, após receber um pedido de ajuda da mãe de Isabele, Patrícia Ramos. A adolescente que efetuou o disparo, assim como seus pais, são praticantes de tiro esportivo.

Médico conta detalhes sobre o dia do crime

Ainda de acordo com o G1, Wilson Guimarães Novais era amigo do pai de Isabele Ramos, que também era médico e faleceu no ano de 2018 após um acidente de moto. Em depoimento à polícia, Wilson contou detalhes sobre o que teria visto do dia do crime. "Algo muito estranho aconteceu aqui.

A Isabele está morta por um tiro no crânio e não há arma no local do crime”, disse o médico aos familiares da vítima ao sair do local. O médico também revelou à polícia que a limpeza do banheiro teria sido algo que chamou sua atenção, já que Isabele havia perdido muito sangue.

A Polícia Civil realizou uma perícia na casa e localizou sete armas e um projétil.

Os objetos foram encaminhados à perícia. Durante seu depoimento à polícia, a amiga de Isabele reforçou a versão de que tudo não teria passado de um acidente, e negou que estaria brincando com a arma ou mostrando-a para a amiga. A mãe da vítima, Patrícia Ramos, não acredita na versão apresentada pela adolescente.

Pai da adolescente nega tiro em chamada ao Samu

Segundo o jornal Folha de S.Paulo, a Polícia Civil teve acesso às chamadas de socorro feitas ao Samu no dia da morte de Isabele Ramos. Na primeira ligação, o pai da adolescente que efetuou o disparo, o empresário Marcelo Martins Cestari, afirmou aos socorristas que se tratava de uma queda no banheiro. Em dado momento da ligação, o socorrista diz que recebeu outro chamado afirmando se tratar de um disparo de arma de fogo, o que foi negado novamente por Cestari. "Não tem nada de tiro, não", afirmou o pai da adolescente. Apenas na terceira ligação, o empresário afirma que a filha lhe comunicou que, de fato, houve um tiro.