A deputada federal Flordelis, do PSD-RJ, exonerou de seu gabinete em Brasília seu filho afetivo Gerson Conceição de Oliveira, com quem não pode ter contato. No gabinete da deputada, Gerson atuava no cargo de secretário parlamentar. De acordo com informações da Câmara dos Deputados, o filho de Flordelis foi exonerado na última terça-feira (8). Assim como Flordelis, Gerson também está sendo investigado pela morte do pastor Anderson do Carmo, marido da deputada federal, que foi assassinado em junho do ano passado.
Apesar de a Justiça ter proibido que Gerson mantivesse contato com a deputada, ele continuava empregado no gabinete da parlamentar.
Em seu cargo de secretário parlamentar, Gerson recebia mensalmente um salário de mais de R$ 15 mil.
Flordelis é apontada como mandante do crime
A deputada federal Flordelis é apontada pela Polícia como sendo a mandante da morte do próprio marido, o pastor Anderson. Contudo, mesmo acusada, a pastora não pode ser presa devido à imunidade parlamentar, que só torna legal que um parlamentar seja detido em caso de flagrante por crime inafiançável. Mesmo assim, o Conselho de Ética da Câmara segue analisando o caso de Flordelis.
Filho afetivo também é pastor
Gerson Conceição de Oliveira, agora exonerado do gabinete da deputada, também atua como pastor na igreja comandada pela parlamentar e chegou a viver na casa da família até ter se casado.
Além dele, outros dois filhos de Flordelis, André Luiz de Oliveira e Carlos Ubiraci, também já haviam sido exonerados do gabinete da matriarca, isso depois de terem sido presos. André e Carlos foram detidos na fase inicial das investigações, acusados de terem participação no crime.
O deputado Paulo Bengston, do PTB-PA, corregedor da Câmera dos Deputados, foi até o apartamento de Flordelis na tarde desta quarta-feira (9) para notificá-la sobre o início de um processo que pode resultar na cassação de seu mandado.
Para o portal R7, Paulo confirmou que a notificação foi feita.
Caso Flordelis não seja encontrada para assinar o documento, o mesmo será publicado no Diário Oficial já na quinta-feira (10). A partir do momento da assinatura da parlamentar ou da divulgação no Diário Oficial, Flordelis terá o prazo de cinco dias para apresentar sua defesa.
A pastora responde por quebra de decoro, isso depois de ter sido indiciada pela morte do próprio marido.
Depois que ela apresentar sua defesa, a corregedoria irá emitir um parecer em um prazo de até 45 dias úteis. Caso o órgão opte por dar continuidade na ação contra Flordeliz, a Mesa Diretora da Câmara encaminhará a mesma para representação no Conselho de Ética, que ficará responsável por avaliar o caso.