Na manhã deste domingo (18), a comunidade do bairro de Pirapama, na cidade de Cabo de Santo Agostinho, em Pernambuco, deparou-se com uma situação bastante chocante. Uma menina recém-nascida foi encontrada em uma sacola plástica, dentro de uma lixeira, ainda com o cordão umbilical e com a placenta. O resgate foi realizado por dois agentes da Polícia Militar.

Relato policial

De acordo com informações repassadas pelo soldado Caio de Melo, um senhor passava pelo local quando ouviu o choro da bebê e ligou para a polícia imediatamente.

Há menos de um ano na corporação e muito jovem, com apenas 20 anos, o soldado se deparou com uma situação bastante complexa.

Caio relatou que ver a recém-nascida dentro da lixeira foi algo realmente impactante, mas apesar do momento delicado ele afirma que procuraram ser o mais ágeis possível e encaminhá-la a atendimento hospitalar. Caio também afirmou que essa foi uma das ocorrências mais marcantes de toda a sua vida.

O soldado relatou que ao abrir a lixeira a única coisa que conseguiam vizualizar eram as perninhas da bebê, enquanto o resto de seu corpo estava envolto no saco branco. Os agentes entraram em contato com o corpo de bombeiros, no entanto, como estavam próximos do hospital, em média de cinco minutos, a corporação indicou que os próprios policiais levassem a bebê para o hospital.

Ainda de acordo com o soldado, não existem pistas sobre a identidade ou o paradeiro da mãe.

A rua estava bastante tranquila com poucas pessoas trafegando por ela e ninguém testemunhou o abandono ou sequer fazia idéia de sua identidade.

As investigações em torno do caso ficam agora sob responsabilidade da Polícia Civil.

Atendimento hospitalar

Após ser resgatada pela equipe policial, a recém-nascida foi encaminhada ao Hospital Municipal Mendo Sampaio.

Assim que os primeiros atendimentos médicos foram prestados, ela foi transferida para o Imip (Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira), no Recife.

Os médicos responsáveis pelo atendimento relataram que descobrir vestígios que levassem a identidade da mãe não foi algo que procuraram fazer, a prioridade total foi no rápido atendimento para garantir o bem-estar da recém-nascida.

As enfermeiras também relataram que o resgate foi realizado no momento certo, que se por acaso a bebê ficasse mais tempo naquela condição possivelmente teria sofrido uma asfixia podendo vir a óbito no local.

Segundo informações repassadas pela Unidade de Saúde, a menina nasceu pesando 2,600 kg. Após passar por exames e por todas os cuidados médicos necessários, constatou-se que a menina está com bom quadro de saúde e segue agora em observação.