No último domingo (31), uma briga causada por Futebol teria sido o motivo para ceifar a vida de Érica Fernandes Ceschini. A mulher foi encontrada sem vida no apartamento que morava com o marido e os filhos no bairro São Domingos, zona norte de São Paulo.

Conforme investigação da Polícia Militar, Leonardo Souza Ceschini, de 34 anos, torcedor do Corinthians, teria tirado a vida da própria esposa, que torcia pelo Palmeiras. O desfecho fatal teria ocorrido após chegarem em casa de uma festa pelo título obtido pelo Palmeiras na Libertadores.

O casal possuía filhos gêmeos de 2 anos, que estavam em casa dormindo no quarto no momento do crime.

As crianças tinham ficado em casa sob os cuidados de primos de Érica, enquanto os pais foram em uma festa de comemoração do título conquistado pelo Palmeiras. No entanto, assim que o casal retornou ao lar os parentes saíram do apartamento.

Algumas horas depois de os primos de Érica terem deixado o apartamento, a vítima, que trabalhava com produtos voltados para médicos e hospitais, foi encontrada sem vida em cima de uma poça de sangue. De acordo com a polícia, uma faca foi encontrada próxima ao corpo de Érica, que aparentava ter lesões causadas por instrumento cortante nas pernas e nas costas.

Diferentes versões para o crime

O portal UOL teve acesso ao boletim de ocorrência, no qual foi possível identificar mais de uma versão para o crime.

Inicialmente, o marido teria dito aos policiais que a esposa teria o atacado, atingindo-o no abdômen, e, na sequência, tentou tirar a própria vida.

Numa segunda versão, Leonardo teria relatado que foi ferido no abdômen pela mulher, mas conseguiu pegar a faca e efetuar vários golpes na esposa.

Registrou-se também no boletim de ocorrência que o motivo do crime foram divergências do casal sobre futebol.

Caso foi registrado como homicídio qualificado

Preso preventivamente, Leonardo, que estava ferido no abdômen, foi conduzido ao Hospital do Mandaqui, na zona norte de São Paulo, onde passou por cirurgia e permanece internado sob custódia da PM.

Apesar de ter sido um crime contra mulher, o crime foi registrado como homicídio qualificado, não tendo sido mencionado o crime de feminicídio no boletim de ocorrência.

Familiares nunca viram brigas entre o casal

Um tio de Érica, identificado como René Luiz Fernandes, relatou ao UOL que a família nunca tinha visto o casal brigando ao longo dos 9 anos de casamento, e, por isso, estão todos chocados com a morte brutal da sobrinha.

O desejo de todos da família, neste momento tão difícil, é que a justiça seja feita.

Gêmeos ainda não sabem que a mãe morreu

Apesar de terem comparecido ao velório da mãe na última segunda-feira, os gêmeos, de apenas 2 anos, ficaram na parte externa de onde se encontrava o corpo.

As crianças não entendem bem o que aconteceu com a mãe e estão sob os cuidados da avó materna, que pretende buscar ajuda de profissionais da psicologia para contar sobre a morte de Érica para os netos.