O presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), Marcelo Queiroga, é o novo ministro da Saúde. Queiroga substitui na pasta o general Eduardo Pazuello. A troca no comando do Ministério da Saúde vinha sendo solicitada pelos políticos do centrão.
Segundo o "Fantástico", da Rede Globo, a ala política estava insatisfeita com a atuação de Pazuello no que diz respeito ao combate à pandemia do novo coronavírus, que tem provocado milhares de mortes de brasileiros.
A nomeação de Marcelo Queiroga para o mais alto cargo do Ministério da Saúde deve ser publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira (16).
Queiroga é o quarto ministro da Saúde do Governo Bolsonaro, e a terceira troca durante a pandemia da Covid-19. A mudança acontece quando a doença se encontra em ritmo acelerado no Brasil, com quase 280 mil mortes.
Marcelo Queiroga veio por recusa de Ludhmila Hajjar
Médica e também cardiologista, como Marcelo Queiroga, Ludhmila Hajjar foi primeiramente convidada pelo presidente Jair Bolsonaro para assumir a função à frente da pasta, mas recusou o convite por discordar de algumas estratégias do governo para a tarefa no combate à Covid-19.
Indicado em dezembro do ano passado por Bolsonaro para ser um dos diretores da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Queiroga nasceu em João Pessoa (PB) e é adepto ao distanciamento social.
Pazuello entrou como ministro interino na Saúde no dia 16 de maio de 2020, quando o Brasil contava com 15.660 mortes por Covid-19. Ele deixa o cargo neste momento em que o país registra uma média móvel de quase 2 mil mortes por dia, com quase 280 mil mortes ocasionadas pela doença.
Pazuello anunciou compra de vacinas
Durante entrevista nesta segunda (15) no Ministério da Saúde, Pazuello anunciou a assinatura de contratos para aquisição de imunizantes da Pfizer e da Janssen.
Na oportunidade, o general afirmou que não solicitou exoneração da pasta ao presidente Bolsonaro. Sobre especulações do seu estado de saúde, o agora ex-chefe do Ministério afirmou que está tudo bem. Porém, demonstrava que estava se despedindo das tarefas na pasta da Saúde.
Marcelo Queiroga, o médico que enfrentará Covid-19
Em conversa com apoiadores na porta do Palácio da Alvorada na noite de segunda, Bolsonaro afirmou que o fato de Queiroga ser médico traz consigo uma linha de conduta que contribuirá para o enfrentamento da pandemia do novo coronavírus. Elogiando a atuação do general Eduardo Pazuello até essa data, Bolsonaro salientou que a modificação no comando da Saúde é somente para imprimir maior "agressividade" no ritmo do combate à doença.