Ao que tudo indica, Ricardo Salles quer passar a ideia de que não está preocupado com um possível afastamento do cargo que ocupa. Foi com ironia que o ministro do Meio Ambiente respondeu à mobilização que está sendo feita nas redes sociais contra ele. O objetivo da mobilização é pedir a saída de Salles do comando da pasta.
Organizações pedem saída de Ricardo Salles
Organizações que defendem a preservação do meio ambiente chamaram os internautas para participar do ato usando a hastag #ForaSalles nas redes sociais.
Uma das organizações que defendem a saída de Ricardo do ministério é a Coletivo de Cidadãos e Cidadãs em defesa da Floresta. O ato foi marcado para acontecer na quarta-feira (21).
Como resposta ao protesto que estava sendo organizado, o ministro resolveu compartilhar o chamamento de forma irônica. Ele escreveu: "Amanhã é dia". Para acompanhar as palavras, ainda escolheu um emoji com beijo e coração. Ricardo Salles tem sido alvo de muitas críticas durante toda sua atuação à frente da pasta.
Além das organizações, celebridades e artistas também se uniram ao movimento que pede a saída de Salles do Governo.
STF investiga Ministro Ricardo Salles
O movimento pedindo a saída de Salles acontece no momento em que o Supremo Tribunal Federal analisa pedido da PF para investigar o ministro por supostos crimes cometidos à frente da pasta.
Recentemente, o delegado Alexandre Saraiva, da Polícia Federal no Amazonas, apresentou uma notícia-crime junto ao STF em que faz acusações ao ministro. O delegado acusa Salles de ter agido para dificultar uma investigação da Polícia Federal sobre a maior apreensão de madeira da história e defender o interesse de madeireiros. Após a denúncia, Saraiva foi exonerado do cargo de superintendente no Amazonas.
Ricardo Salles ironiza indígenas
O ministro teve outra atitude criticada esta semana.
Na última terça-feira (20), ele fez uma postagem nas redes sociais onde, junto a uma sequência de fotos com povos indígenas segurando celulares, escreveu: "Recebemos a visita da tribo do iPhone".
Esta atitude do ministro foi classificada, por aqueles que defendem o direito dos povos indígenas, como uma forma de tornar ilegítima a luta dos povos nativos.