Márcia Lazane, 44, mãe de Bruno Eustáquio, um jovem de 23 anos, foi assassinada por asfixia em dezembro de 2020 na cidade de Guarujá, litoral de SP. As investigações realizadas pela Polícia Civil concluíram que o jovem bacharel em direito foi o responsável por tirar a vida de sua própria mãe.

O crime

Segundo informações da polícia, o assassinato aconteceu no dia 22 de dezembro na casa da família. Bruno era o único filho de Márcia.

A casa contava com um sistema de segurança vigiado por câmeras que registraram as agressões realizadas contra a vítima, assim como o momento em que ela foi asfixiada.

As imagens estavam armazenadas em um aparelho que havia sido escondido dentro de um forno na cozinha da residência.

Inicialmente, a morte de Márcia foi divulgada aos familiares pelo próprio Bruno que relatou que a mãe teria sofrido um acidente doméstico. Bastante abalada com a perda, a família de Márcia não pensou na possibilidade de um assassinato. Após o corpo ter sido encaminhado para o IML (Instituto Médico Legal), o médico legista constatou que Márcia havia sido assassinada.

Com as evidências contrárias à explicação inicial, Bruno confessou que havia esganado a própria mãe, mas que não havia tirado sua vida.

Luto e homenagens

Mesmo com as evidências apontando contra ele e sendo alvo principal da investigação policiai, Bruno homenageou a mãe e declarou seu luto em seu perfil nas redes sociais.

Nas postagens, Bruno agradece a mãe por tudo que fez por ele e declara seu amor, dizendo que jamais irá esquecê-la e que a amará por toda vida.

Para a família enlutada e revoltada com o filho de Márcia, as publicações não passaram de fingimento. Os familiares não conseguem acreditar que exista algum tipo de arrependimento verdadeiro.

Irmã de Márcia

Minerva, uma das irmãs de Márcia, disse que Bruno sempre foi um menino bastante educado com ela, até porque ela fez parte da criação do jovem. Já com Márcia, a situação era um pouco diferente. Ambos discutiam bastante, mas nunca nesse nível de gravidade.

Minerva vê as postagens do sobrinho como uma afronta, como se ele estivesse "tirando onda com toda a situação".

Defesa de Bruno

De acordo com os advogados de defesa de Bruno, o jovem pretende se entregar à justiça na condição que o pedido de prisão que já foi decretado contra ele seja revogado.

Na versão da defesa, Bruno e Márcia acabaram discutindo em sua residência no dia 22 de dezembro. Ambos estavam alterados e a briga gerou uma troca de tapas e alguns arranhões. O filho afirma que pegou a mãe pelo pescoço na tentativa de contê-la e encerrar a briga.

A defesa de Bruno alega ainda que, após o ocorrido, Márcia e Bruno conversaram e que não foi a briga que levou a mãe a óbito.