O Sistema Solar abriga 8 planetas, 5 planetas-anões, 179 luas e literalmente, alguns bilhões de detritos, cometas, meteoritos, planetoides e asteroides - todos orbitando nosso astro-rei.

Abaixo, listamos algumas curiosidades sobre o nosso sistema solar, e espero que você fique tão fascinado quando o redator que lhe escreve.

Ao final, deixamos um quiz com 15 perguntas sobre a nossa vizinhança cósmica. Conte-nos nos comentários como você se saiu!

10. Nosso astro-rei

O Sistema Solar se formou há aproximadamente 4,6 bilhões de anos atrás a partir do colapso de uma colossal nuvem molecular - a massa do seu centro aglutinou-se pela força da gravidade numa esfera extremamente quente e compacta; ao seu redor, formou-se um disco plano de poeira e detritos (os restos da estrela em formação), na qual os planetas e outros corpos celestes eventualmente seriam formados.

O Sol é quase uma esfera perfeita, com uma diferença de apenas 10km de diâmetro entre os pólos e o equador. O raio da nossa estrela é de 695.508km (109 vezes superior ao da Terra!), onde 20-25% corresponde ao seu núcleo. A temperatura à superfície é de 5.500 °C - no centro, 15 milhões.

Não satisfeito? Nossa estrela é 330.000 vezes mais massiva que a Terra, mais ainda assim, é considerada uma anã amarela pela União Astronômica Internacional. Pasme, caberiam 1.300.000 de Terras dentro do Sol!

9. Aquele 0,1%...

99,86% da massa do sistema solar está contida no próprio Sol, enquanto 0,14% estão distribuídos nos outros corpos celestes, como os planetas.

Os quatro primeiros planetas (os menores), também conhecidos como planetas terrestres ou telúricos (Mercúrio, Vênus, Terra e Marte), são compostos principalmente de pedra e metal.

Os quatro planetas exteriores - os gigantes de gás, - Júpiter, Saturno, Urano e Netuno são substancialmente maiores e mais massivos que os planetas terrestres; Júpiter e Saturno, os maiores dentre os quatro são primariamente compostos de hidrogênio e hélio (como o Sol!).

Os dois planetas mais distantes, Urano e Netuno são compostos de água, amônia e metano congelados - por isso mesmo são apelidos de "gigantes de gelo".

8. Lagos, rios e chuvas de... Metano?

Imagine um lugar cheio de lagos, cachoeiras, rios e até mares... de metano. Um lugar coberto de nuvens de metano. Que chove metano. Sim, este lugar existe e é Titã, uma exótica lua de Saturno (maior do que a nossa).

Seu meio ambiente é completamente diferente de qualquer outro no Sistema Solar (e além) e se parece um tanto com a Terra em seu passado remoto - alguns bilhões de anos atrás.

Titã é rico em componentes de nitrogênio, conhecida como tolinas, que dá a esta lua uma distinta cor laranja. A atmosfera titaniana é tão grossa que apenas com um radar acoplado a uma sonda foi possível identificar sua superfície.

7. Asteroides para infinitas extinções

Existe uma zona entre Marte e Júpiter conhecida como "Cinturão de Asteroides", distante 400 milhões de quilômetros do Sol (e 250 milhões de quilômetros de nós). Eles possuem tamanhos que variam de uma bola de futebol, uma casa, uma cidade inteira (Vesta) ou até mesmo um planeta (Ceres)! São bilhões e bilhões de detritos cósmicos que "sobraram" do disco de formação que originou nosso Sol há 4,6 bilhões de anos.

O Cinturão possui massa suficiente para formar um planeta, mas a incrivelmente poderosa gravidade de Júpiter impede que os materiais se aglutinem.

Isso também é bom para nós, visto que Júpiter impede que esses asteroides deem uma "escapadinha" rumo ao Sistema Solar interior (lê-se Terra).

6. Proxima Centauri não está tão próxima assim

Após o Sol, a estrela mais próxima da Terra é Proxima Centauri, uma minúscula anã vermelha, distante 4,24 anos-luz (cerca de 42 trilhões de quilômetros, "coisa pouca"). Indo um pouco mais além, temos a Estrela de Barnard na constelação de Ofiúco (6 anos-luz).

No quesito "quem brilha mais", vence Sirius (-1,46 de magnitude) na constelação de Canis Major e um tanto mais longínquo (8,6 anos-luz).

5. Urano está deitado

Urano, visto de longe, é uma bela e singular esfera azul clara. Este gigante gasoso é considerado também um "gigante de gelo", devido a sua composição e temperatura extremamente baixa.

Urano é bastante peculiar: gira em torno de si mesmo "de lado". A comunidade científica ainda não tem muita certeza, mas a explicação mais aceita é de que no passado distante uma titânica colisão com outro planeta tenha deixado o gigante de gelo nesta posição curiosa. De qualquer forma, sua inclinação o torna único em todo o Sistema Solar.

Urano também possui um sistema de anéis, confirmado em 1977. Não é tão charmoso quanto os de Saturno, verdade, mas estão lá. Recentemente, cientistas descobriram tempestades incrivelmente violentas e ativas sobre a superfície uraniana, que deixariam os outros planetas no chinelo.

4. Plutão é menor do que o Brasil

Analisando de forma superficial, a maior distância contíngua possível no Brasil é de aproximadamente 4000 quilômetros (Cunani-AP e Pelotas-RS).

De acordo com as estimativas atuais mais precisas, Plutão possui apenas 2100 km de diâmetro, pouco mais da metade do tamanho do Brasil.

Não é muito difícil entender porque Plutão fora rebaixado para o status de planeta-anão; afinal, é muito menor do que qualquer outro planeta (e até algumas luas de Júpiter, Saturno, Netuno e a nossa, claro).

3. E o troféu de planeta mais infernal vai para...

Se perguntasse qual é o planeta mais quente, é provável que grande parte das pessoas me diriam que é Mercúrio. É razoável esta resposta visto que ele é o planeta mais próximo do Sol; de fato, Mercúrio está três vezes mais próximo do Sol do que a Terra. O problema é que ele não possui uma atmosfera e, desta forma, não consegue reter calor.

Sua temperatura varia muito, de centenas de graus Celsius negativos para centenas de graus Celsius positivos.

Assim, Vênus, o segundo planeta, toma-lhe o posto. Este planeta possui uma atmosfera notoriamente espessa de dióxido de carbono (aquele que sai do escapamento do seu carro), cem vezes superior à da Terra. Sabemos que o famoso CO2 é um componente poderoso para que o efeito estufa prospere. Com uma atmosfera que permite a retenção de calor aliado a enormes quantidades de dióxido de carbono (enxofre também), criamos uma boa ideia do que poderia ser o Hades. A temperatura aqui se mantém em estáveis 460 graus Celsius, suficiente para derreter lata e chumbo. Satisfeito?

2. Nossos satélites visitaram cada um dos planetas

Já faz um tempo que exploramos o espaço. Das primeiras tentativas fracassadas ao primeiro sucesso, 60 anos atrás, tivemos competência suficiente para tirar incontáveis fotos incríveis dos corpos celestes. Notavelmente, enviamos sondas para todos os planetas do Sistema Solar e além, tais como Plutão (no Cinturão de Kuiper) e Ceres (no Cinturão de Asteroides).

As sondas gêmeas Voyager, que deixaram a Terra em 1977 continuam até hoje a transmitir informações do Sistema Solar exterior e do meio interestelar. Antes disso, as Voyagers passearam por todos os gigantes gasosos, de Júpiter à Netuno graças a um raro e oportuno alinhamento destes planetas.

1. Pode haver vida aqui do nosso lado...

Até agora, a comunidade científica não encontrou qualquer evidência de vida sistema solar afora. Mas as possibilidades são excitantes. Aqui mesmo na Terra descobrimos formas de vida que se adaptam a ambientes incrivelmente hostis (como os tardígrados) e micróbios "extremos", capazes de sobreviver a pressões e temperaturas absurdas (do deserto gelado da Antártida à água parada próxima a vulcões).

Ambientes como estes existem em todo o Sistema Solar. Se estas espécies conseguem subsistir em nosso planeta, outras tantas, semelhantes ou equivalentes, poderiam suportar em Marte ou quem sabe nas luas de Júpiter e Saturno. Na verdade, espécies completamente diferentes daquelas que temos na Terra podem ter evoluído nestes locais.

Vida microbiana pode ser uma realidade comum em nosso Sistema Solar ou quem sabe até algo mais, como invertebrados.

As condições para a vida existir no subsolo de Marte são animadoras. Cavernas subterrâneas com água, calor, sais minerais e proteção contra a radiação do Sol podem existir em abundância.

Além disso as luas Europa, Ganimedes, Calisto e Encélado possuem vastos oceanos de água líquida abaixo de suas superfícies estéreis e congeladas; oceanos estes que são aquecidos pela interação gravitacional destas luas com seus respectivos planetas.

E ainda há Titã, lua saturniana onde caso a vida tenha florescido, seria totalmente exótica e diferente daquilo que conhecemos em nosso planeta. Se a vida existir nesta pequena lua, poderia existir facilmente em qualquer outro local do universo, até mesmo em planetas gasosos ou planetoides.

Preparado para o Quiz? Boa sorte!

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