Durante os meses de março a julho de 2019, os agentes da Saúde advertem para que a população brasileira, principalmente os moradores da região Sudeste (que abrange os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo), fiquem alertas em relação ao chamado vírus sincicial respiratório. Conhecido pela sigla VSR, ele é responsável por causar infecções nas vias respiratórias, como a bronquiolite, problema que acomete os bronquíolos, pequenas estruturas pulmonares e que pode vitimar principalmente os bebês até um ano de idade.

Tal doença pode se apresentar como uma gripe comum.

Porém, de acordo com João Henrique Carvalho, neonatologista do Instituto Fernandes da Figueira da Fiocruz, em entrevista ao jornal Extra, o microorgaismo em questão, durante o período de chuvas, chega a causar graves infecções além da bronquiolite, como pneumonia e, em casos mais extremos, insuficiência respiratória.

É válido informar que esse vírus pode ser transmitido por meio de secreção. Ou seja, um simples espirro de uma pessoa contaminada, quando em contato com um indivíduo não contaminado pelo VSR, pode ser suficiente para proporcionar o contágio.

De maneira análoga, tocar as mãos de uma pessoa contaminada ou mesmo seus objetos pode também ocasionar a transmissão da doença. Assim, Amanda Martins, pediatra do grupo Perintal, também em entrevista para o 'Extra', aponta que os responsáveis por bebês de até um ano de idade, precisam ficar atentos aos sintomas, que apesar de se apresentarem como os de um resfriado, possuem algumas diferenças, como cansaço ao respirar e respiração pausada.

Quando detectados tais sintomas, as crianças devem ser encaminhadas imediatamente a um hospital.

A observação é importante porque não existe, até o presente momento, um tratamento para o combate do VRS. Os hospitais, atualmente, oferecem um tratamento que alivia os sintomas como, por exemplo, a febre. Além disso, os bebês têm o direito de receber um anticorpo chamado palivizumabe, que serve como profilaxia.

Portanto, caso você possua crianças em idade cujo contágio é considerado de risco, esteja atento às discas para evita-lo.

Como proteger o filho do vírus

  1. Lave sempre as mãos. A higienização ajuda a diminuir as chances de contágio e deve ser feita sempre com água e sabão.
  2. Afaste-se de pessoas resfriadas. Como os sintomas do VRS são similares aos de um resfriado comum, não é possível fazer essa diferenciação de imediato. Por precaução, evite o contato entre a criança e pessoas resfriadas.
  3. Evite locais cheios e fechados. As grandes quantidades de pessoa, assim como a pouca circulação de ar, aumentam o risco de transmissão do vírus.
  4. Deixe os locais por onde a criança transita sempre limpos, principalmente com álcool.
  5. Fique longe do cigarro, uma vez que ele pode irritar as vias respiratórias da criança e torná-la mais vulnerável ao vírus.
  6. Sempre priorize o aleitamento materno. A maior parte dos anticorpos das crianças vem dessa forma de contato com a mãe. Portanto, até os seis meses de vida, opte pela amamentação exclusiva.
  7. Se você possui crianças que são parte do grupo de risco relatado, procure pela Secretaria Estadual de Saúde e cadastre-se no Programa Estadual de Profilaxia para receber um anticorpo contra o VRS