Nesta sexta-feira (6), o presidente do Brasil, Jair Messias Bolsonaro, afirmou em TV aberta que não há motivos para pânico a menos que situação de coronavírus Covid-19 se agrave. De acordo com o Ministério da Saúde há 13 casos confirmados do novo coronavírus no país e 768 casos suspeitos. Mesmo que se agrave, não há motivo para pânico, segundo Bolsonaro. "O momento é de união.
Ainda que o problema possa se agravar, não há motivo para pânico", disse.
O presidente Bolsonaro afirmou que este é um momento de união, onde todos devam seguir rigorosamente as recomendações dos especialistas como medida máxima de proteção. Ainda conforme declaração de Socorro Gross, chefe da Organização Mundial de Saúde (OMS) no Brasil, apesar do coronavírus ser novo, há muitas informações sobre sua transmissão, sobre o possível tratamento e o diagnóstico de casos severos. Portanto, não há motivo para tanto.
Bolsonaro afirmou, também, que o mundo enfrenta um ‘grande desafio’ com o surgimento do coronavírus que já está em todos os continentes globais e que infelizmente o corpo humano não está imune a infecção provocada por essa família de vírus que foi originada na cidade de Wuhan, na China.
O Governo de Jair Bolsonaro ressaltou que está prestando as orientações técnicas a todos os estados através do Ministério da Saúde com maior ampliação no funcionamento dos postos de saúde e maior reforço nos hospitais e laboratórios em todo o Brasil.
Casos confirmados no Brasil
O primeiro caso do contágio do coronavírus aconteceu com um empresário de São Paulo (61 anos) que passou 11 dias na Itália a trabalho, ao retornar ao Brasil e entrar em contato com um dos familiares acabou passando o vírus que também foi repassado. Segundo o secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson de Oliveira está sendo possível rastrear a origem de cada caso confirmados o que significa que não está havendo uma transmissão comunitária, mas a chamada transmissão local que é de certa forma restrita.
Contudo, o governo federal garante que por ser uma transmissão local do Covid-19 (coronavírus) isso não muda as medidas de segurança já adotadas. Eduardo Sprinz, chefe do serviço de infectologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, RS, ainda não é possível saber como o coronavírus irá se propagar, mas acredita que a maior concentração dos casos estará no estado de São Paulo e que o vírus tende a ser disseminado em regiões com clima mais frio e com maior densidade demográfica.
Médica acredita que medidas de prevenção e tratamento do coronavírus são insuficientes
Para a médica sanitarista Ana Freitas Ribeiro do Instituto Emilio Ribas, as medidas adotadas pelo governo federal até o momento não são suficientes para monitorar a evolução da epidemia e possível detectar se há transmissão comunitária.
Isso porque o governo está atuando de forma ‘passiva’, pois tem examinado apenas aqueles pacientes que procuram os serviços de saúde que sentem sintomas acentuados definidos como sendo suspeitos do coronavírus, Covid-19.
Para Ribeiro, o Ministério da Saúde deveria ampliar sua ação, a fim de, englobar um terceiro critério estabelecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS). A BBC News do Brasil solicitou esclarecimentos do Ministério da Saúde sobre o terceiro critério, mas até o momento não recebeu resposta, segundo informações do próprio site.