O aspartame é um adoçante artificial que está presente em diversos produtos, como refrigerantes diet, doces, sorvetes, iogurtes, entre outros. Quem faz dieta para emagrecer ou quem tem diabetes, em geral opta pelo uso deste ingrediente. Porém, segundo informações publicadas pela Reuters, ele deve ser classificado ainda neste mês de julho pela Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (Iarc), o braço de pesquisa de câncer da Organização Mundial da Saúde (OMS), como "possivelmente cancerígeno para humanos".

Nesta sexta-feira (14), a Iarc deve anunciar publicamente suas conclusões sobre o potencial cancerígeno da substância.

A agência, no entanto, ainda segundo a Reuters, não estabelece uma estimativa de quanto é possível consumir de aspartame para não desenvolver o risco de câncer.

Entenda o debate acerca do aspartame

O aspartame foi aprovado pelo FDA, órgão regulador de alimentos e medicamentos nos Estados Unidos, em 1974 e seu uso se popularizou a partir dos anos 1980.

Desde 1981, autoridades da OMS consideram o aspartame seguro se utilizado em quantias limitadas. Por exemplo, um adulto de 60 quilos precisaria consumir entre 12 e 36 latas de soda diet em um dia para estar em risco.

A Iarc classifica as substâncias em 4 níveis: cancerígeno, provavelmente cancerígeno, possivelmente cancerígeno e não classificável, sendo cada nível baseado no número de evidências, e não no grau de perigo de uma substância.

Quais são os riscos

Especialistas têm afirmado que estudos realizados em ratos e camundongos não necessariamente trazem uma relação de causa e efeito para humanos sobre o quanto o uso do aspartame pode ser prejudicial.

Nesse sentido, existem também outras pesquisas cuja conclusão é que o adoçante não causa câncer, como o realizado pelo National Cancer Institute com 500 mil pessoas.

O FDA, por exemplo, publicou oficialmente em maio deste ano que o aspartame e outros adoçantes são seguros. A agência afirma que acompanha a literatura científica, inclusive com mais de 100 estudos que apontam que a substância não é danosa.

“As evidências científicas continuaram a apoiar a conclusão do FDA de que o aspartame é seguro para a população em geral quando produzido sob boas práticas de fabricação e usado sob as condições de uso aprovadas”, constatou o FDA no site oficial.