O espetáculo intitulado "Macaquinhos" esteve em cartaz na Casa do Povo, em São Paulo, onde foi realizada uma única apresentação nesta quinta-feira (14). O espetáculo teve início às 20h e a entrada foi no valor de R$ 10,00.

Neste espetáculo, oito artistas, homens e mulheres, se apresentam nus. Durante a ação performática, eles exploram o corpo um do outro. Os artistas fazem um círculo e exploram com as mãos, precisamente, o orifício anal do companheiro a sua frente.

Este espetáculo que foi apresentado até mesmo pelo SESC, em Juazeiro do Norte, é muito polêmico e já gerou euforia nas redes sociais.

De acordo com os idealizadores do espetáculo, a apresentação visa conscientizar as pessoas "que existe ânus", e através do ânus ensinar. A peça tem como princípio mostrar uma performance artística que baseia-se na obra "O Povo Brasileiro”, de Darcy Ribeiro, e visa demostrar o excesso de impostos que todos nós brasileiros pagamos.

A primeira vez que o espetáculo foi encenado foi em 2011, e em 2014 tomou o palco do Festival Mix Brasil, em São Paulo.

Essa peça foi idealizada por Caio, Mavi Velos e Yang Dallas, que durante para uma amostra cultural em Teresina, no Piauí, na casa de espetáculo "Núcleo de Dirceu".

Apresentação no Sesc no Ceará

No Sesc de Juazeiro do Norte, durante a 17ª Mostra Sesc Cariri, em 2015, o espetáculo "Macaquinhos" foi apresentado por nove atores.

Após divulgação de um vídeo que mostra parte da performance apresentada no espetáculo, o Sesc recebeu várias críticas negativas. Um dos espectadores que filmou os atores em cena, publicou no Facebook e também criticou o espetáculo.

O vídeo viralizou nas redes sociais, o que fez com que a administração do Sesc se retratasse sobre o evento.

Sendo assim, a Coordenação da mostra Sesc Cariri de Cultura, publicou uma nota de esclarecimento ao público, informando que tomou todo o cuidado para não divulgar imagens da peça e que "repudiava" tal ação, por entender que a performance não se destinava a qualquer público.

Ainda em nota afirmou que o espetáculo não permitiu o acesso de menores de idade e até mesmo o horário do espetáculo foi às 23h, e que o Sesc cumpriu com o dever de incentivar qualquer forma de arte, respeitando a diversidade e autonomia de cada um.

Em entrevista ao site "Tribuna do Ceará", em 2014, os idealizadores da obra informaram que a peça sofre crítica, pois as pessoas "só têm acesso a fotos e vídeos editados" sem o conteúdo do mesmo.