Neste sábado (21), a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) divulgou o relatório em que mostra o impacto do Covid-19 (novo coronavírus) no Brasil. Segundo o boletim de monitoramento da pandemia os efeitos tem dado choques, significativo, no agronegócio e na pecuária brasileira, impactando diretamente a economia do país.

O boletim de monitoramento da pandemia elaborado pela CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) mostra os efeitos negativos para os frigoríficos que trabalham no fornecimento de aves, camarões e suínos.

A CNA afirma que o mercado do boi gordo sofreu uma forte pressão no início da semana. Isso porque os Negócios voltados para o setor, a exemplo dos frigoríficos estão sofrendo uma queda nas cotações, assim como estão reduzindo o número dos funcionários e anunciando férias coletivas.

Diante do quadro de pandemia do coronavírus, os serviços de restaurantes recuaram em suas vendas em até 15% no que tange as aves e os suínos. E houve uma queda drástica no camarão de 80%. Com o surto de coronavírus atingindo a população brasileira as vendas de flores também tiveram uma queda significativa de 50% para flores de vasos e 70% para flores de corte.

China amplia a demanda por produtos brasileiros

O relatório da CNA, mostra que o comércio de grãos, alimentos e óleos que são destinados a China teve aumento de 9,7% nos meses de janeiro e fevereiro, justamente, no momento em que a epidemia atingia fortemente o país asiático.

Segundo a entidade houve um crescimento na venda de itens básicos nos supermercados para suprir a alimentação chinesa. Assim, como as vendas de alimentos via internet também tiveram aumento em 3% no mesmo período. Essa alternativa online surgiu a partir do cancelamento das rotas marítimas que tem provocado atraso no transporte de alimentos para a China.

De acordo com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a demanda de alimentos destinados a Arábia Saudita também sofreu um aumento. Em relação a União Europeia e os Estados Unidos, ainda, não se tem dados dos relevantes impactos nas vendas destinadas a essas regiões do globo.

Se por um lado houve uma queda das flores por outro a dos produtores de frutas e hortaliças sofreram um aumento de até 30% na demanda dos supermercados.

Com as orientações de que é preciso fortalecer a imunidade do corpo, contra o coronavírus, a população tem evitado solicitar alimentos de fast food, restaurantes e bares que também foram obrigados a fechar. Esse setor tem sofrido drasticamente com a medida de fechamento de seus estabelecimentos nas grandes cidades, conforme explana o documento da CNA.

Governo Bolsonaro revisa estratégias econômicas

Na sexta-feira (20), o governo Bolsonaro passou a revisar os cálculos da equipe econômica com uma percepção drástica, mostrando que o país caminha para uma estagnação crescendo a 0,02%, para este ano de 2020. Já a Fundação Getúlio Vargas (FGV), mostra dados ainda mais pessimistas com a economia brasileira sofrendo uma contração de 4,4% para este ano e poderá sentir os efeitos negativos até o ano de 2023.

Na última sexta-feira (20), o governo de Jair Bolsonaro decretou estado de calamidade pública no país, desde que foram divulgados as 11 mortes e os 904 casos confirmados de infecção pelo Covid-19 (novo coronavírus). Segundo o jornal El País, estima-se que o país passará por uma recessão e diversos quadros de demissão a começar por bares e restaurantes, impactando drasticamente a economia e aumentando de maneira significativa as taxas de desemprego no país.

O Covid-19 além de estar provocando a mortes de milhares de pessoas ao redor do mundo e infectado tantas outras, está impactando consideravelmente a economia mundial, incluindo o Brasil.