O avanço das queimadas na Amazônia tem deixado o Brasil cada vez mais em evidência. Esse fator tem provocado discussões que pressionam o país a tomar medidas estratégicas que devem ser colocadas em atividade com urgência para controlar as ações na região.
Investidores estrangeiros e grandes empresários tem debatido o tema incisivamente, de modo que, esse passou a ser um dos principais assuntos depois de quatro décadas no país. Diante do desmatamento que vem ocorrendo na pecuária e na agricultura, além das atividades de mineração espera-se que as soluções propostas possam passar desenvolvimento de uma economia sustentável (bioeconomia) que tem adquirido cada vez mais força.
Economia verde: fundo para a Amazônia
A criação da economia verde pretende utilizar os recursos da floresta sem a necessidade de derruba-la. A iniciativa conta com o apoio de ex-presidentes do Banco Central, ex-ministros da Economia, entidades civis, empresários de vários setores e os empresários do meio ambiente entregam ao governo federal sugestões para implantação desse tipo de economia na região.
Um plano com dez propostas foi elaborado e apresentado pelos bancos Bradesco, Itaú e Santander, visando estimular as monoculturas sustentáveis viabilizando linhas de financiamento que possam atrair novos investimentos e parcerias que promovam o desenvolvimento de tecnologias que vão de encontro com a bioeconomia.
Fundo econômico na Amazônia
Segundo o presidente do Irice (Instituto de Relações Internacionais e Comércio Exterior), Rubens Barbosa, o Brasil se encontra em uma situação de crise econômica provocada pela pandemia do Covid-19, e uma das alternativas para supera-la é focando na grande capacidade de desenvolvimento que pode ser promovida a partir da Amazônia.
Dessa forma, Barbosa acredita que é necessário buscar financiamentos externos a fim de afastar possíveis boicotes de produtos agrícolas no exterior.
A Amazônia é vista como uma das prioridades a ser analisada e resolvida pelo governo brasileiro que tem em sua presidência Jair Bolsonaro (Sem partido). Isso porque até o momento o Brasil ocupa no ranking mundial de exportação de produtos agrícolas a terceira colocação.
Chefes de bancos privados se reúnem
O Irece juntamente com o Instituto Escolhas entrou em contato com o vice presidente do Brasil, Hamilton Mourão, e lhe entregou a proposta que tem como principal foco destravar a bioeconomia na região, bem como o desenvolvimento do mercado, estrutura, financiamento e proteção da biodiversidade.
Para o vice da presidencial a proposta tem seu apoio desde que articulada entre iniciativas privadas e o governo federal. Mourão destacou que o futuro da Amazônia precisa de uma articulação completa abrangendo o capital, o trabalho, a natureza, a tecnologia e o conhecimento.