O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), deu uma dura resposta para um apoiador que o questionou em frente ao Palácio da Alvorada sobre a possibilidade de prorrogação do auxílio emergencial, que vem sendo pago dede o mês de maio deste ano.

Na ocasião, um apoiador perguntou se o Governo pretendia continuar pagando o auxílio, então Bolsonaro pediu para perguntar para o vírus se haveria a prorrogação do benefício. "Pergunta para o vírus. A gente se prepara para tudo, mas tem que esperar certas coisas acontecerem. Mas esperamos que não seja necessário.

Eu espero que não seja necessário, porque é sinal que a economia vai pegar e não teremos novos confinamentos no Brasil", disse o presidente.

Se não fosse toda essa quantidade de auxílio que nós fizemos, realmente a economia tinha quebrado no Brasil. Então, a gente espera que não seja necessário e que o vírus esteja realmente de partida do Brasil”, continuou.

Paulo Guedes afirma que não haverá prorrogação

O benefício começou a ser pago em maio e teria prazo final em julho, mas acabou sendo prorrogado pelo governo até setembro. Depois, acabou sendo prorrogado por novamente, até dezembro, dessa vez com um valor reduzido de R$ 600 para R$ 300.

Nesta última segunda-feira (23), o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que não está nos planos do governo uma nova prorrogação do benefício e que em dezembro ele se encerra.

O ministro afirmou que se o valor do benefício fosse em torno de R$ 200, o auxílio poderia ser pago por pelo menos um ano. Esse foi o valor proposto pelo governo na época em que estava começando a ser pago, mas os deputados fizeram uma votação e estabeleceu no valor de R$ 600.

Guedes disse que o prazo final para o auxílio é até o fim deste ano e que economia do país está voltando a crescer e as mortes causadas pelo coronavírus estão diminuindo.

Em seguida ele citou as diferenças de números de mortes que caíram de 1.400 para 300 mortes no período de 24h.

Ele então classificou a pandemia como uma tragédia que afetou o Brasil causando um grande número de mortes e que esse fato não tem como negar, mas que como passar do tempo a situação está sendo controlada e abriu espaço para economia voltar a crescer.

O ministro também falou sobre a existência de uma pressão política que quer prorrogar o auxílio, mas disse que o governo renovará o pagamento se houver realmente uma necessidade de emergência.

Guedes disse que há pessoas falando sobre a possibilidade de uma segunda onda de mortes causadas pelo coronavírus e o governo está preparado para reagir e conter a situação. Ele também garantiu que caso o número de mortes chegue a 1.000 em um período de 24h, o governo saberá como agir, já que acumulou experiência com a primeira onda e sabe quais métodos funcionaram e os que não funcionaram.