O Mercado Nacional começa a sofrer fortemente com o maior risco de calote e a constante elevação da taxa Selic. Esses fatores, dentre outros, fez os juros ao consumidor disparam ao longo de 2021. A estagnação econômica, provocou um crescimento, em média, foi de 15,8 pontos percentuais entre os meses de janeiro e novembro, segundo informações do jornal O Estado de S. Paulo.

Segundo Miguel Ribeiro de Oliveira, diretor executivo da Anefac (Associação Nacional de Finanças, Administração e Contabilidade), a perspectiva é de piora da inadimplência por causa da alta na inflação e o elevado índice de desemprego que ainda impera no país.

Oliveira ainda acrescentou que o cenário pode ficar, ainda, pior devido a uma eventual onda da nova variante do Coronavirus (covid-19). O Banco Central (BC), também já sinalizou mais uma alta dos juros de 1,5 ponto porcentual para o próximo ano.

Mercado volta a ajustar expectativas sobre a inflação

A Focus divulgou, na última segunda-feira (27), pelo Banco Central (BC) a informação de que o mercado ajustou novamente para baixo as expectativas referentes a inflação e ao crescimento econômico. Além disso, tem visualizado uma expansão de menos de 0,5% para 2022. Contudo, manteve a mesma expectativa para o cenário da política monetária, segundos dados colhidos pelo jornal Folha de S. Paulo.

Na última pesquisa feita pela Focus, consta que a expectativa é de que 2021 encerre com inflação acumulada em mais 10%.

Em relação ao PIB (Produto Interno Bruto), as contas caíram 4,51% este ano e calcula-se que cairá 0,42% no próximo. No tocante, a taxa básica de juros (Selic), esta permanece com uma expectativa de encerrar 2022 a 11,50% podendo cair em 2023 para 8,0%, visto que encerrou 2021 a 9,25%.

Índice da B3 sofreu queda de 22% em 2021

Acredita-se que os lucros dos grandes bancos devem superar os patamares de 2019, ano anterior à pandemia. Mas, as expectativas das cotações de seus papéis na B3 (Bolsa de Valores) são baixas. De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, o Índice Financeiro da Bolsa sofreu queda próxima a 22% no ano.

Segundo analistas financeiros, as expectativas projetadas pelo mercado não são animadoras para a economia brasileira em 2022.

A base de comparação tem sido alta. Até o final de 2019, a Bovespa vinha renovando sucessivas máximas históricas e os bancos também estavam próximos de suas maiores avaliações dentro do mercado. Mas, com o advento da pandemia tudo caiu. Com o grande baque, o índice Bovespa chegou a tocar novas máximas neste último ano. Entretanto, nas ações de bancos, não ocorreu o mesmo.

Em 11 de janeiro, o IBGE divulgará os dados de dezembro do IPCA e a inflação acumulada em 2021. Já para 2022 a projeção no Focus para a inflação permanece em 5,03%, um pouco acima do teto objetivado, que é de 3,50%, mas que também possui uma margem de 1,5 ponto.