A partir desta segunda-feira (7) os contribuintes já podem enviar a declaração do Imposto de Renda. O prazo vai até o dia 29 de abril. O primeiro lote da restituição está previsto para maio. E este ano o Governo já avisou que não haverá prorrogação do prazo de entrega, como acontecem em 2021 e 2020 devido a pandemia da Covid-19.

Declaração pode ser feita no site ou aplicativo

A declaração poderá ser feita no site da Receita Federal ou através do aplicativo específico. Quem entregar a declaração mais cedo tem mais chances de receber a restituição nos primeiros lotes.

Por isso vale a pena já ir providenciando a entrega do documento, separando toda a documentação necessária para o preenchimento.

Como já acontecem em outros anos, a entrega da restituição será feita em cinco lotes mensais de março até setembro. Os primeiros lotes seguem as prioridades ditadas pela lei, ou seja, idosos (com ênfase aos maiores de 80 anos), pessoas com deficiência e doenças graves, além de professores.

Quanto mais cedo fizer o IR, mais cedo recebe a restituição

A declaração deve ser preenchida com calma e cuidado. Se ao entregar o contribuinte percebeu que cometeu um erro, é possível fazer uma declaração retificadora. Porém, se tiver imposto a restituir, volta para o fim da fila dos recebimentos.

Caso não tiver pressa para receber a restituição, é possível entregar a declaração perto do prazo final e assim ficar na fila dos últimos a receber. Mas o valores da restituição serão corrigidos pela taxa Selic acumulada de maio até o mês anterior ao pagamento. Com a Selic retornando a uma taxa de dois dígitos, essa correção voltou a ser interessante.

Ano passado, a Receita Federal anunciou ter recebido 34,1 milhões de declarações, número 6,8% maior que no ano anterior. A previsão da Receita é que os números sejam maiores este ano.

Dilma foi a última presidente a reajustar a tabela do IR

Estão obrigados a declarar o Imposto de Renda todos aqueles que tiveram rendimentos tributários acima de R$ 28.559,70 em 2021.

A correção da tabela do Imposto de Renda foi uma das promessas não cumpridas do presidente Jair Bolsonaro [VIDEO]. Não fazendo essa correção, o governo confisca R$ 48 bilhões dos cidadãos, segundo cálculo da associação dos auditores fiscais da Receita Federal, a Unafisco, entidade que destaca que 5 milhões de brasileiros foram prejudicados apenas na gestão Bolsonaro, por falta de correção na tabela do imposto.

Se Bolsonaro tivesse cumprido a promessa, a isenção hoje seria de R$ 6 mil. A tabela do Imposto de Renda não é atualizada desde 2015 (gestão Dilma Roussef). Atualmente, o limite de isenção é de R$ 1.903,98.

E mais: segundo levantamento feito pelo Conselho Regional de Contabilidade do Rio de Janeiro (CRCRJ), essa falta de correção pelos indicadores inflacionários faz com que os contribuintes com ganhos de até cinco salários mínimos sofram uma perda anual superior a R$ 5 mil.

Hoje, são 8 milhões de isentos. Com a correção integral, esse número chegaria 23.750 pessoas que estariam isentas de pagar o imposto, ainda segundo a Unafisco. Essa conta indica que existam mais de 15 milhões de contribuintes pagando mais imposto pela falta da correção integral do IPCA - Índice de Preços do Consumidor amplo.