Um dia após o presidente da República e então candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), perder o segundo turno das Eleições para Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a emissora Jovem Pan News anunciou nesta segunda-feira (31) que quatro comentaristas foram demitidos.
A Jovem Pan começou seu namoro com Bolsonaro assim que ele assumiu a Presidência da República, em 2018, e desde então os dois tiveram um relacionamento para lá de harmonioso, com raríssimos momentos em que a emissora de propriedade de Antônio Augusto Amaral de Carvalho Filho, o Tutinha, se prestava a fazer análises sérias sobre o atual ocupante do Palácio da Alvorada.
Caio Copolla
Uma das figuras de maior destaque na mídia bolsonarista é o bacharel em direito Caio Copolla. O rapaz se destacou na Jovem Pan e logo foi chamado para trabalhar na CNN Brasil. De volta à Jovem Pan, mas sem a mesma relevância de outrora, Copolla acaba de ser demitido, após completar um ano de sua recontratação.
Outros bolsonaristas demitidos da emissora nesta segunda foram os veteranos jornalistas Augusto Nunes e Guilherme Fiuza. A emissora também mandou embora o jornalista Guga Noblat, mais identificado com o campo progressista.
Diferentemente de Copolla, Nunes e Fiuza, Guga Noblat comentou sobre o episódio da demissão do quarteto. Ele afirmou que as demissões aconteceram por causa do episódio em que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) obrigou a Jovem Pan a dar direito de resposta ao então candidato Lula, além dedeterminar que a emissora se "abstenha" de afirmar que o petista mente quando diz que foi inocentado.
Na ocasião, a Jovem Pan classificou o episódio como censura, e, segundo Noblat, ele havia sido afastado por não ter apoiado a narrativa da emissora, o que acabou levando ao seu afastamento de forma definitiva.
