A Seleção Brasileira parece ter feito as pazes com a torcida. Após a goleada por 5 a 0 diante do Peru, em São Paulo, na Arena Corinthians, no último sábado (22), o Brasil não só venceu como também convenceu. A mudança parece ter nome e sobrenome, ou melhor, um apelido: Everton "Cebolinha".
O jogador do Grêmio entrou na posição ocupada por Neymar e fez com que os brasileiros sequer sentissem a ausência do craque do Paris Saint-Germain. Jogadas incisivas, dribles desconcertantes e muita velocidade pela ponta-direta, que ainda foram coroadas com um gol, fez com que Everton se tornasse, enfim, unanimidade no time de Tite.
Com um apelido que remete ao famoso personagem de Mauricio de Souza, em "A Turma da Mônica", Everton Cebolinha caiu de vez nas graças da torcida, e cada toque na bola era comemorado e incentivado à tentativa de um drible. No entanto, não foi apenas uma reação da torcida, como também da comissão técnica e companheiros, como o caso de Philippe Coutinho.
'Está superpreparado', diz Coutinho
Não é de agora que a passagem de Everton pela Seleção Brasileira vem ganhando elogios. Contra a Bolívia, na estreia da Copa América 2019, o craque do Tricolor Gaúcho anotou um belo gol na vitória por 3 a 0. Na segunda partida, o ponta entrou ao final do jogo, e pouco pode fazer para evitar o empate frio por 0 a 0 diante da Venezuela.
No segundo jogo Tite deu mais tempo para Everton, e surtiu efeito. O jogador do Grêmio ocupou a faixa esquerda de ataque da Seleção e distribuiu dribles, assistências e um belo chute de perna direita que culminou em um dos gols do Brasil. Coutinho fez questão de elogiar o companheiro. "Cara que está superpreparado", disse Coutinho sobre a possibilidade de Everton jogar fora do país.
Não parou por aí! O jogador do Barcelona ainda teceu diversos elogios ao companheiro de Seleção, sobretudo quanto aos atributos de Everton. "Tem qualidade, jogada individual, sempre busca o gol, é muito agudo", elogiou Coutinho.
Evolução da equipe e na bola parada
O Brasil já está há quase cinco anos sem fazer um gol de falta.
Neymar, cortado em virtude de uma lesão, foi o último autor de um tento em bola parada. Na ocasião, a partida foi diante da Colômbia, em 2014, no primeiro amistoso após a Copa do Mundo no Brasil, marca pelo 7 a 1 para a Alemanha no Mineirão.
Coutinho, atual homem da bolas paradas do Brasil, também comentou as exigências de Tite para o fundamento, e ressaltou que treina diariamente para melhorar e, quem sabe, acabar com o jejum de gols de falta na Seleção. "Sempre procuro melhorar", resumiu.
Além dos elogios a Everton, Coutinho fez questão de frisar a importância em levar o jogo contra o Peru como o exemplo para o restante da competição, e, assim, evoluir como equipe num conjunto.