Diz-se popularmente que São Paulo abriga o mundo dentro de si com gente de todos os continentes. No fim do século 19 e começo do século 20, o edifício que hoje abriga o Museu da Imigração recebeu gente de muitas nacionalidades. Antes, ele funcionava como hospedaria, um lugar provisório para os recém-chegados até que eles encontrassem habitação e condições suficientes de vida para se sustentar no Brasil.

Neste mês de outubro, o museu localizado no bairro da Mooca abre as portas para as comemorações da 27ª Festa do Imigrante. Serão dois fins de semana com apresentações e espetáculos de dança e música, além de manifestações relacionadas à gastronomia e ao artesanato de mais de 50 países.

Anote aí

A festa já ocorre neste fim de semana (8 e 9/10) e se estenderá para o próximo, correspondente aos dias 15/10 e 16/10.

Para as apresentações, foi montado um palco no jardim do complexo museológico e, ao todo, serão 68 eventos com grupos e artistas refugiados. Os descendentes ou nativos de países como Japão, Áustria, Itália, Chile, Ucrânia, Índia e Bielorrússia vão mostrar o melhor de suas culturas.

Entre as atrações, há o moçambicano Otis Selimane, que promete um espetáculo contemporâneo, unindo ritmos tradicionais ao jazz. Mas não se resume a só isso: quem prefere algo mais folclórico, pode apreciar o grupo ISBÁ, trazendo dança da Bielorrússia.

Os comilões que fiquem de plantão, pois a área gastronômica está repleta de variedade e atende a todos os paladares.

Os frequentadores poderão degustar a comida dos seguintes países: Bolívia, Egito, Costa do Marfim, Ilha da Madeira, Áustria, Turquia, Rússia, Itália, Venezuela, Espanha, Armênia, entre outros.

Haverá um espaço para o Comida de Herança, que oferece produtos de empório e receitas baseadas nas tradições culinárias executadas pelos pequenos produtores.

Opções

Os que não quiserem fazer nada disso, podem desfrutar da seção de artesanato, contando com 21 barracas. Lá estarão peças e objetos da Colômbia, Bulgária, Dinamarca, Chile e Grécia, por exemplo. É uma oportunidade para conferir a importância de se fazer objetos manufaturados e de observar os traços e elementos que compõem cada cultura.

Quem tiver mais curiosidade, pode se dirigir a algumas oficinas e viver parte das manifestações dos diversos povos. Ali serão ensinados passos de dança russa ou, se quiser, ter uma imersão de ioga e fazer marguciai –ovos decorados provenientes da Lituânia.

A equipe do Museu do Imigrante preparou outra oficina denominada “Expedição Etnográfica pela Festa do Imigrante” para aqueles que preferem ser assessorados enquanto visitam o evento. É uma oportunidade de ser guiado com experiências advindas da antropologia.

Criançada e diversão

Se os pais quiserem levar seus ‘pimpolhos’, existe um lugar dentro da festa com contações de histórias a fim de mostrar as características da cultura de cada país convidado.

Esse lugar é conhecido como Semear Leitores e tem um roteiro bem didático para as crianças.

É bom lembrar que tudo o que foi descrito pode sofrer algum tipo de alteração. Mesmo assim, vale dar uma conferida no acervo fotográfico, mostrando o cotidiano e a vida dos imigrantes de outrora. E o passeio de maria-fumaça, ao lado da instituição, também ficará disponível para o público.

Serviço

Pode-se comprar ingresso antecipado pelo valor de R$ 10, mas para os desavisados ou apressados, há a bilheteria do Museu que cobra entrada de R$ 16. Vale lembrar que a oferta de ingressos é limitada e podem ser comprados pelo portal do Museu do Imigrante. Mais informações, é só ligar para o telefone (11) 2692-1866.

Dá para levar pessoas com deficiência, pois o museu está adaptado para a acessibilidade, mas não conta com estacionamento para veículos.

A bilheteria funciona até as 17h e a festa acontece entre 10h e 18h. O endereço do Museu da Imigração é rua Visconde de Parnaíba, 1316.