Segundo informações divulgadas pelos sites Mail Online e Mirror, um alegado casal de canibais disse à polícia da Rússia que assassinou pelo menos 30 pessoas com o intuito de comer a carne de suas vítimas. Além disso, a dupla mantinha restos mortais armazenados em sua casa – situada na cidade de Krasnodar – para consumo posterior e tirava selfies com partes de corpos.

Oficiais pertencentes ao chamado Comitê Investigativo da Federação Russa, conhecido localmente como Sledstveny Komitet – órgão responsável por averiguar crimes considerados graves –, revelaram que encontraram partes de pelo menos oito cadáveres na propriedade de Dmitry Baksheev (35) e Natalia Bakshaeva (42), e estão procurando por mais restos mortais para checar a veracidade das confissões.

De acordo com o Mail Online, o noticiário russo Mash, que possui laços com autoridades russas, afirmou que o casal armazenava restos humanos na geladeira, no congelador, em uma adega e até mesmo em recipientes de vidro, produzindo uma espécie de "conserva". Além disso, teriam sido encontrados pelos menos 19 pedaços de pele.

Plena consciência dos atos

Dmitry Baksheev e Natalia Bakshaeva foram detidos depois que um telefone celular foi encontrado na cidade de Krasnodar contendo fotos de um homem posando para selfies ao lado de partes de um corpo humano. De posse do aparelho, a polícia acabou chegando ao casal, que quando confrontado pelos agentes da lei, teria confessado os crimes.

A dupla alegou que usava éter e o remédio Corvalol, que contém fenobarbital – as duas substâncias são conhecidas por terem um poderoso efeito sedativo – para fazer as suas vítimas dormirem.

De acordo com vizinhos, a residência de Baksheev e Bakshaeva, localizada no albergue da Academia Militar de Aviação (pertencente ao Ministério da Defesa da Rússia), comumente emanava cheiro do referido medicamento.

A alegada mulher canibal trabalhava como enfermeira, e desde que foi detida passou por uma série de testes psiquiátricos.

Segundo o noticiário Mash, estes exames constataram que ela é "mentalmente saudável", capaz de compreender completamente as suas ações.

Natalia Smyatskaya, assistente sênior do chefe do Comitê de Investigação de Krasnodar, afirmou que o inquérito envolvendo o casal está inicialmente apurando a morte de uma única mulher, e que os assassinatos adicionais estão sendo averiguados pelo órgão investigativo.