De acordo com Seis (6) gráficos do Jornal BBC News, uma Mulher na América Latina têm mais chances de comemorações quanto aos cenários que a circundam e que são consequências de suas reivindicações anteriores e/ou atuais. Isso porque tais gráficos demonstram que a questão da igualdade de gênero avançou mais na América Latina que em qualquer outro país mundial, embora haja visto sucesso de outros índices em países que não são Latinos, como os índices relacionados ao feminicído e violência doméstica.

No entanto, alguns resultados estatísticos em áreas acadêmicas e profissionais américo-latinas insistem em permanecer retrógradas e desiguais para as mulheres.

Condições acadêmicas e profissionais da Mulher na América Latina

Conforme o Jornal em questão, os gráficos extraídos foram relacionados ao Índice Global de Desigualdade de Gênero, criado a partir de um Fórum, em 2006. Tal índice contempla medições nos cenários: mercado de trabalho, acesso à Educação, saúde e participação política.

Dessa forma, o resultado gráfico desses quatro setores demonstrou uma média maior de crescimento para a América Latina e Caribe em 2017, que em outros países. O registro apresentado foi de 0,6% em direção à igualdade de gênero em relação aos demais. Sendo que, ainda na América do Sul, o Brasil encontra-se entre os quatro últimos países do elenco, deixando o sucesso de melhor colocação nesse índice aos países: Bolívia, Argentina e Colômbia.

O Brasil conseguiu atingir a igualdade de gêneros (paridade) no acesso à educação e atendimento na área de saúde, no entanto perpetua a desigualdade salarial, a escassa contribuição política feminina e deficitária participação econômica das mulheres. Tais problemas são comuns a todos os países do Continente.

Outros cenários foram apontados e contextualizaram a mulher na América Latina em termos acadêmicos e profissionais:

  • Crescimento do acesso ao Ensino Superior (dados da Unesco): Venezuela, Chile e Argentina vigoram com 80% de universitárias no índice de 2016; índice brasileiro sobe de 40% para 59%, no período compreendido entre 2006 e 2016. Tal índice Latino estava em apenas 37% em 1970.
  • Baixa ocupação nos campos de Ciências Naturais, Tecnologias, Engenharias e Matemática: a mulher Latina permanece com 50%, uma vez que o pesquisador Juan Cruz Perusia, afirmou ser difícil a obtenção desses dados, pois muitos países Latinos não realizam tal medição.
  • Aproximação da paridade do gênero nos cursos de: Medicina, Arquitetura, Direito, Contabilidade, Engenharia Química, Biologia e Ciências Econômicas, ainda que os cursos de Física, Engenharias e Ciências da Computação encontrem maior estereotipização como sendo profissões 'masculinas'.
  • Diminuição do alcance profissional: quanto mais as mulheres avançam em titularizações acadêmicas (graduação, mestrado, doutorado, PhD), cada vez menos elas são acolhidas em cargos elevados, em carreiras de pesquisa, em professoras titulares e como reitoras.

Segundo Glória Bonder, diretora da Cátedra Regional da Unesco, a paridade de gênero não deve ser analisada apenas com números, mas também de forma qualitativa, avaliando as políticas e os problemas que a mulher universitária encontra como obstáculo.