A pena de morte volta a ser executada nos Estados Unidos em nível federal após uma paralisação de 16 anos. No dia 9 de dezembro, será a vez do cumprimento da sentença de Daniel Lewis Lee por ter assassinado três pessoas de uma mesma família em Arkansas, entre elas, uma garota de 8 anos, por motivos racistas.

O anúncio da retomada da pena capital nos Estados Unidos foi anunciado pelo procurador-geral William Barr na quinta-feira (25). Além de Daniel Lewis Lee, outros quatro condenados por assassinatos já estão com suas execuções marcadas. A justificativa de Barr é a de que o Departamento de Justiça tem uma dívida com as vítimas dos crimes praticados pelos criminosos que estão no corredor da morte e que, por isso, deve dar procedimento ao determinado pelo sistema de justiça do país.

Pedido de Trump

A legislação dos EUA permite a pena de morte. A execução de criminosos condenados é praticada em 14 estados, mas desde 2003 ela não é utilizada em nível federal. Já o presidente Donald Trump pediu o endurecimento das penas contra crimes violentos, o que sinalizou ao procurador-geral para que promovesse o retorno da pena capital.

Nos estados em que a pena de morte é aplicada, 25 detentos foram executados durante 2018. Em nível federal, a execução de criminosos ficou suspensa nos últimos 16 anos, entre outros fatores, pela aversão deste tipo de condenação manifestada pelo presidente anterior, Barack Obama.

Segundo as autoridades norte-americanas, os sentenciados tiveram amplo direito à defesa, com seus processos circulando em todas as instâncias da Justiça dos EUA.

Os assassinos no corredor da morte

Com a retomada, a pena capital será aplicada a autores de crimes violentos que abalaram a sociedade norte-americana nos últimos anos. Um desses criminosos é Lezmond Mitchell. Ele matou um idoso de 63 anos a facadas. Insatisfeito, obrigou a neta da morta a sentar ao lado do corpo da avó enquanto eles viajavam de carro.

Em seguida, cortou a garganta da jovem.

Outro condenado é Wesley Ira Purkey, assassino e estuprador de uma adolescente. A filha de Alfred Bourgeois foi vítima do próprio pai, que também será morto. Antes de matá-la, Bougeois estuprou a própria filha. Já Dustin Lee Honken matou cinco pessoas a tiros.

O procurador-geral definiu também o método de execução dos detentos.

A eles será aplicada uma injeção letal de fenobarbital (fenobarbitona), um barbitúrico. A substância substitui um antigo método que usava três drogas diferentes.

O local das execuções será a penitenciária de Terre Haute, em Indiana. O último preso federal foi executado em 2003