Um avião comercial caiu na quarta-feira (8) e deixou 176 mortos em Teerã, capital do Irã. A aeronave tratava-se do Boeing 737-800, cuja empresa responsável era a Ukrainian International Airlines, e tinha decolado do aeroporto internacional Iman Khomein como destino à cidade de Kiev. Inicialmente, a embaixada ucraniana informou possível falha técnica no motor, que teria ocasionado a tragédia. Entretanto, nesta quinta-feira (9), investigadores do caso divulgam relatório preliminar que apontam outras possíveis causas. Entre os mortos não estão somente iranianos, mas indivíduos de diversas nacionalidades.
Aeronave em chamas
Testemunhas no local dizem que a aeronave já estava em chamas antes de cair. A Organização de Aviação Civil do Irã afirma que piloto não fez nenhum alerta referente a alguma situação critica, pois, provavelmente, não houve tempo suficiente entre a decolagem e a queda para se realizar a comunicação com a central. Imagens circulam na internet mostrando um pontinho luminoso e logo após uma explosão. A investigação se concentra em algumas causas prováveis para a queda: explosão de um dos motores, ataque terrorista e bombardeiro com míssil.
A investigação trabalha com inúmeras possibilidades, e nenhum delas está descartada. Pilotos ouvidos pela CBS News, por exemplo, consideram o modelo que caiu um dos mais seguros do mundo, considerando a possibilidade de falha técnica pequena.
Mesmo que um dos motores pegassem fogo, seria necessário somente desligar o mesmo que as chamas cessariam e o avião continuaria sendo sustentado pelo motor restante.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, é otimista quanto as investigações. "Certamente iremos descobrir a verdade", disse.
Equipe procura fragmentos de míssil
Em postagem no Facebook, Oleksiy Danylov, secretário do Conselho Nacional de Segurança da Ucrânia, diz que equipe ucraniana irá procurar vestígios de colisão com míssil depois de rumores circularem na internet. Em postagem nas redes sociais, ele cita a probabilidade de ser um míssil russo.
Teorias aparecem nas redes sociais, ainda mais depois do Irã se recusar a compartilhar informações da caixa-preta da aeronave. Para proteger o espaço aéreo iraniano, foi contratado em 2005 a instalação de um sistema de mísseis Tor para defesa anti-aérea, justamente detritos de um desses mísseis poderia estar na área do acidente.
Outras probabilidades são de que a aeronave poderia ter se chocado com outro objeto voador, como um drone, ou uma explosão interna causada por uma bomba.
Mesmo que a causa do acidente ainda seja desconhecida, a queda da aeronave pode trazer mais problemas para a imagem pública da companhia aérea norte-americana, a Boeing, que tem alguns acidentes recentes com seus modelos que tem abalado a sua imagem pública.