Donald Trump é acusado pelos Iranianos de terrorismo e pelo assassinato do general Qaseim Soleimani de 62 anos.

Em 3 de janeiro deste ano, um ataque realizado por drones do Governo americano próximo ao aeroporto de Bagdá no Iraque, resultou na morte de Qaseim Soleimani, um dos maiores líderes militares do País.

Líder da Força Quds da Guarda Revolucionária, Soleimani era considerado o segundo nome no Irã, em questões de guerra e paz.

Um mandado de prisão foi emitido pela Justiça do Irã contra o presidente dos EUA, Donald Trump e mais 36 pessoas.

Segundo informações do promotor Ali Alqasimehr, as acusações que envolvem o presidente e mais trinta pessoas relacionadas ao seu governo, são de terrorismo e assassinato.

Entre os acusados estão políticos e militares, que foram identificados como participantes do ataque, e da ordem do assassinato do general Qaseim.

As trinta pessoas envolvidas no ataque ainda não foram identificadas, porém, no mandado consta a informação de que Donald Trump será processado ao fim de seu mandato como presidente.

Interpol

Segundo informações da agência de notícias Fars, o Irã solicitou ajuda da Interpol em alerta vermelho, considerado o mais alto grau de urgência na instituição. A interpol ainda não se manifestou sobre o mandado.

Em teoria, as chances do Irã receber apoio da Interpol para cumprimento do mandado de prisão, são extremamente pequenas, pois existe uma regra que proíbe a interferência da polícia internacional sobre a polícia de outro país.

Posição dos Estados Unidos

De acordo com o governo norte-americano, o ataque foi ordenado dias depois da embaixada dos Estados Unidos em Bagdá ser invadida por manifestantes. Segundo informações do Pentágono, as invasões teriam sido aprovadas por Soleimani.

Em retaliação, o Irã bombardeou bases americanas no Iraque. O ataque através de mísseis acabou atingindo um avião da Ukraine International Airlines, que resultou na morte de 171 pessoas.

Os protestos e manifestações contra os Estados Unidos que ocorriam intensamente desde a morte do major-general Soleimani tornaram-se mais brandos após a confirmação de que a queda do avião da companhia aérea ucrânia foi resultado de um míssil iraniano. O avião foi derrubado por engano durante o ataque.

O norte-americano Brian Hook comentou o caso nesta segunda-feira (29), em uma entrevista coletiva na Arábia Saudita.

Hook definiu a situação como um "golpe de propaganda", que não será levado a sério, e acredita que não haverá intervenção da Interpol, baseado em naturezas políticas. Para os norte-americanos essa situação não tem a ver com a segurança ou a paz nacional.