Nessa quinta-feira (18), o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou que o presidente em exercício do Brasil, Michel Temer, fez uma solicitação para que sejam feitos estudos para novas regras de transição especial para professores e mulheres na Reforma da Previdência. Padilha é o responsável por coordenar a equipe econômica que irá definir as propostas que serão enviadas ao Congresso Nacional em um futuro próximo. A intenção com a Reforma da Previdência é tentar equalizar, a longo prazo, o déficit gigantesco que aumenta ano a ano. A princípio, a proposta seria aumentar a idade mínima prevista na legislação (de 60 para 65 anos para homens e de 55 para 60 anos para mulheres) e tentar unificar os sistemas de previdência privada e pública existentes no país.
No caso de professores e mulheres, Temer teria pedido a Padilha uma “transição mais longa”. Atualmente, a idade mínima para aposentadoria de professores é de 50 anos (para mulheres) e de 55 anos (para homens). Em relação ao tempo de contribuição, os homens devem contribuir 30 anos e as mulheres 25 anos para se aposentar. Apesar do pedido, Padilha disse em entrevista que ainda não pode relatar os detalhes das modificações que serão apresentadas nessa nova regra especial de transição.
Padilha reiterou que quem já está em idade de aposentar ou já requereu não serão afetados
Eliseu Padilha afirmou que os contribuintes que já estão em idade de aposentadoria, ou já deram entrada para se aposentar não serão afetados pelas novas regras previdenciárias.
Porém, os “outros” terão que pagar uma espécie de “pedágio” referente ao tempo que proporcionalmente faltaria para se aposentar e para atingir a idade mínima exigida.
“O maior interessado na Reforma da Previdência não é o governo e muito menos os políticos. O maior interessado é o brasileiro comum que deseja ter certeza que quando chegar a idade poderá receber uma aposentadoria”, afirmou Padilha.
Padilha também afirmou que o déficit atual da Previdência chega aos incríveis R$ 146 bilhões somente nesse ano e que as previsões futuras são de até R$ 200 bilhões.