A deputada estadual Janaína Paschoal (PSL-SP) usou seu Twitter para comentar sobre as investigações da Operação Lava Jato no Rio, que miram supostas irregularidades do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), na apuração da Receita. Além de Mendes, as investigações também atingiram a mulher do presidente do STF, Dias Toffoli, e a ministra do Superior Tribunal de Justiça, Isabel Gallotti.

Em uma entrevista à rádio BandNews, o ministro Gilmar Mendes disse que está sendo alvo de uma espionagem e os responsáveis por isso eram os procuradores da República e juízes.

Conforme informou a Folha de S.Paulo, Mendes estaria muito irritado com tudo isso e chegou a dizer que lá no Mato Grosso quando existem casos de chantagem o resultado é: "matar ou morrer".

A deputada Janaína disse que as palavras ditas por Mendes são preocupantes e de caráter gravíssimo. Segundo ela, alguns políticos as vezes exageram no que falam, mas um ministro do Supremo dizer isso é algo grave. A deputada quer que o ministro explique o que falou e sugere abertura de inquérito pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Janaína ainda disse que espera um depoimento do ministro para que ele explique sobre essa suposta chantagem feita a ele e a outros ministros.

De acordo com a parlamentar, é preciso deixar claro muitas coisas, por exemplo: saber quem está sendo chantageado, por que um ministro do Supremo está passando por isso, quem seria o autor da chantagem e qual a exigência que ele está fazendo.

Para a deputada, é mais importante investigar isso do que investigar o motivo da Receita realizar essas apurações de supostas irregularidades nas contas do ministros.

Críticas ao MEC

Janaína Paschoal também criticou o ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodrígues, após ele enviar para diretores de instituições de ensino uma carta com orientações para que alunos fossem filmados cantando o hino nacional e, de preferência, perfilados diante de uma bandeira nacional.

Janaína disse para o ministro contratar em caráter de urgência um assessor jurídico, que seja especialista em Estatuto da Criança e do Adolescente. De acordo com a deputada, não se pode filmar as crianças sem autorização. Ela também disse que se ele realizar um trabalho concreto na pasta, automaticamente os resultados e elogios virão.

A deputada afirmou que a mensagem do MEC é surreal, contudo, não tem nada a ver com crime de responsabilidade, conforme algumas pessoas tentam comparar, disse ela. Muitos querem relacionar o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff com essa atitude do MEC. Segundo a parlamentar, essas pessoas não enxergam o ridículo dessa comparação.