Em um evento organizado pelo Partido dos Trabalhadores (PT) na última segunda-feira (11), em Brasília, em comemoração aos trinta e nove anos da sigla, o ex-ministro José Dirceu, considerado ex-homem-forte durante a administração do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, se manifestou na cerimônia.

Dirceu acabou sendo o destaque do evento realizado no Sindicato dos Bancários de Brasília e pôde discernir sobre diversos temas. O petista discursou por aproximadamente dez minutos e acabou fazendo uma auto-crítica, em relação à sigla petista, durante o ano de 2018, quando o PT acabou sendo derrotado em segundo turno pelo presidente da República, Jair Bolsonaro.

Naquela ocasião, a eleição disputada entre Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT), culminou em uma vitória do capitão da reserva do Exército, com uma diferença de mais de 11 milhões de votos.

Dirceu menciona os evangélicos em seu discurso à plateia petista

Durante a realização de sua palestra no evento de comemoração à criação do PT, o ex-ministro da Casa Civil de Lula afirmou que o partido fora derrotado nas urnas e nas rua em 2018.

O ex-ministro afirmou ainda que os evangélicos estão mais perto do povo do que o PT, em alusão ao forte respaldo recebido pelo presidente Jair Bolsonaro por lideranças evangélicas durante a disputa pela presidência da República. Ao citar os evangélicos, Dirceu disse: "se nós não estamos do lado do povo, os evangélicos estão".

Em seguida, o ex-ministro afirmou que os petistas não poderiam criticar os evangélicos.

Ao fazer críticas ao governo do presidente Jair Bolsonaro, Dirceu chegou a afirmar que o mandatário irá levar o Brasil de volta à idade média. O petista criticou também o pacote anticrime apresentado pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro.

De acordo com Dirceu, o pacote de medidas e alterações nas leis divulgado pelo ex-magistrado federal seriam uma licença para matar.

Vale ressaltar que Dirceu já fora condenado por crimes relacionados à corrupção, no âmbito das investigações da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, pelo então juiz Sergio Moro. Na ocasião, Moro comandava a força-tarefa da Lava Jato em primeiro grau, a partir da décima terceira Vara Criminal da Justiça Federal de Curitiba.

Entretanto, Moro deixou a magistratura e aceitou o convite de Bolsonaro para se tornar ministro da Justiça e Segurança Pública.