O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu visita de um dos seus advogados, Manoel Caetano. A visita ocorreu um dia após a condenação do petista imposta pela juíza Gabriela Hardt, da 13ª Vara Federal de Curitiba, no caso envolvendo um sítio em Atibaia (SP). Esta foi a segunda condenação de Lula.

Segundo informações do portal UOL, o defensor de Lula foi até a carceragem da Polícia Federal em Curitiba e deixou o local pouco antes do meio dia. O advogado evidenciou que o petista está revoltado com a nova sentença estabelecida, porém não estaria abatido.

Contudo, o defensor afirmou que o momento é de estudo para tentar reverter o que caracterizou como "injustiça".

A segunda sentença de Lula foi dada na última quarta-feira, 6 de fevereiro, e foi proferida pela juíza Gabriela Hardt, que entrou no lugar de Sergio Moro, quando este aceitou convite para ser ministro de Jair Bolsonaro. A pena imposta para Lula na ação do sítio foi de 12 anos e 11 meses de prisão. O petista é acusado de crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Além disso, foi firmado uma multa que ultrapassa R$ 265 mil. O petista também está proibido de exercer qualquer cargo público pelo prazo de 25 anos e 10 meses.

Em resposta, o advogado de Lula, Cristiano Zanin Martins, disse que seu cliente é alvo de uma perseguição criminosa e que as narrativas acusatórias envolvem delatores que estariam sendo beneficiados.

Petistas se solidarizam

Militantes do Partido dos Trabalhadores (PT), contráriosà decisão da juíza, preparam um ato de solidariedade a Lula, que ocorrerá ao lado da sede da Polícia Federal. O ato contará com a presença dos senadores Humberto Costa (PT-PE) e Jaques Wagner (PT-BA).

Ainda na manhã desta quinta-feira (7), pessoas favoráveis à condenação de Lula trocaram farpas com militantes na vigília "Lula Livre".

No entanto, nenhum problema considerado grave foi constatado, segundo informações do UOL.

Lula foi condenado pela primeira vez na ação penal do tríplex de Guarujá. No total, o petista ainda é réu em mais cinco ações penais derivadas das investigações da Operação Lava Jato e da Operação Zelotes. As ações tramitam em varas federais de Brasília, São Paulo e Curitiba.

Na sentença sobre o sítio de Atibaia, a juíza Gabriela Hardt evidenciou que Lula recebeu vantagens indevidas estando no mais alto cargo do Executivo. A juíza citou que o cargo de presidente da República exige um comportamento exemplar. Em outro ponto, a juíza também declarou que a ação não julgou se Lula é ou não é o dono do sítio em Atibaia.