Parlamentares do PSL estão se referindo ao vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro, como "Tonho da Lua", informa reportagem publicada nesta sexta-feira (22) no site da revista Época. Para quem não se lembra, este era o nome do personagem com problemas psiquiátricos interpretado pelo ator Marcos Frota na novela "Mulheres de Areia", transmitida pela Rede Globo em 1993.
A reportagem afirma que o apelido malicioso foi atribuído a ele por causa da avaliação de alguns membros do PSL, que consideram que Carlos não tem capacidade de desenvolver uma linha de raciocínio linear durante um diálogo, e também por causa dos surtos de raiva.
Bebianno afirma que Carlos Bolsonaro fez ‘macumba psicológica’ para o presidente
Em entrevista à rádio Jovem Pan, na última terça (19), Gustavo Bebiano, demitido por Bolsonaro do cargo de ministro da Secretaria-Geral da Presidência, fez algumas críticas a Carlos. Bebianno contou que está muito indignado com tudo o que aconteceu. Ele afirma que estava servindo ao presidente como um grande soldado disposto a morrer e matar para que, no fim, ele fosse tido como mentiroso e crucificado pelas pessoas que apoia. O ex-ministro afirmou ainda que Carlos fez uma "macumba psicológica" na cabeça do seu próprio pai.
O ex-ministro afirmou que, embora o presidente tenha seu afeto, amor e respeito, ele comete alguns deslizes, pois não é perfeito.
Para Gustavo, Carlos Bolsonaro é uma pessoa que tem uma agressividade fora do comum, e, inclusive, afirmou que isso é reconhecido por outros políticos no Rio de Janeiro. Bebianno disse que alguns políticos se referem a Carlos como um "destruidor de reputações", e, por esse motivo, o presidente deveria dar um basta nisso.
Carlos Bolsonaro chorou no colo de Bebianno quando seu pai sofreu atentado em Juiz de Fora
Ainda na entrevista, ele afirma que após Bolsonaro sofrer o atentado a faca, seu filho Carlos "chorou compulsivamente" em seu colo. Ele continua a entrevista afirmando que tem a impressão de que Carlos vive dentro de uma caixa, acreditando em grandes teorias de conspiração contra sua família e seu pai.
Gustavo afirma que é necessário que Carlos entenda que não será possível governar tendo o ódio como base.
O ex-ministro afirma que, embora ainda tenha confiança no presidente, o sentimento que ele tem é de completa injustiça por não ter o reconhecimento dos esforços do PSL em sua eleição. Ele relembra que o PSL foi o partido que viabilizou a eleição do presidente.