Em entrevista nesta terã-feira (19) à rádio Jovem Pan, o ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gustavo Bebianno, disse que foi demitido pelo vereador no Rio de Janeiro e filho do presidente, Carlos Bolsonaro (PSC). Ele também disse que tem muito amor e afeto pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL), que será sempre seu presidente e terá sucesso na sua jornada.
Bebianno ainda disse que foi sim convidado a ser diretor da hidroelétrica Itaipu, no qual recusou por uma questão de dignidade a sua honra. Sendo demitido nesta última segunda-feira (18), Bebianno se envolveu em uma briga virtual com o filho do presidente na quarta-feira (13), sendo chamado de mentiroso pelo filho do presidente, Carlos Bolsonaro.
O caso começou quando Carlos Bolsonaro desmentindo um artigo, chamou Bebianno, então ministro, de mentiroso dizendo que ele não teria falado com seu pai três vezes, como Bebbiano disse ao jornal O Globo, e que nem conversou sobre a crise dos laranjais que sofre o PSL. Na última terça-feira (19), a revista Veja, através do seu site, publicou as conversas entre Bolsonaro e Bebianno no último dia 12, quando o presidente estava ainda internado em São Paulo.
Os áudios comprovam a versão do ex-ministro de que houve uma conversa por WhatsApp três vezes entre eles.
Bebianno disse na entrevista que teria sido demitido pelo filho do presidente, ainda que não era para ele ter assumido nenhum cargo. Gustavo afirma que não teria pedido nada para Bolsonaro desde o primeiro dia do mandato.
Ele disse que o filho do presidente é uma espécie de destruidor de reputações e coleciona inimigos.
Bebianno ainda disse na entrevista à rádio Jovem Pan que sempre observou um nível de agressividade fora do normal em Carlos e que na cidade do Rio, o vereador é conhecido por destruir as reputações. Disse ele que os próprios membros do PSL fluminense afirmam serem atacados pelo filho do presidente sem nenhuma motivação aparente para isso.
Bebianno acredita que no período em que o presidente ficou internado em São Paulo se recuperando da cirurgia para a retirada da bolsa de colostomia foi bastante difícil e que as informações chegaram truncadas para ele.
Laranjal do PSL
Ainda na entrevista na rádio Jovem Pan, Gustavo se defendeu do escândalo de ser suspeito em relação às possíveis candidaturas pernambucanas que seriam laranjas.
Nessa época, houve as eleições de 2018 e as acusações são do período que Bebianno estava a frente do PSL, que hoje é o partido do governo.
Segundo Gustavo Bebianno, o problema desse suposto “laranjal” estava localizada no estado de Pernambuco e, então, a responsabilidade seria do diretório pernambucano.