A Polícia Federal realizou nesta quinta-feira (21) a operação Descontaminação, que colocou na prisão o ex-presidente da República Michel Temer, o ex-ministro Moreira Franco e Coronel Lima, amigo próximo de Temer. Conforme relata o portal G1, no momento em que a Polícia Federal chegou no apartamento de Lima, o acusado tentou esconder dois celulares no sofá.

Ainda segundo o G1, Coronel Lima estava sentado no sofá quando a PF chegou e alegou que não poderia sair do local, pois estava se sentindo mal. Contudo, os policiais fizeram buscas no imóvel e depois questionaram Lima onde estaria seu telefone celular.

O amigo de Temer então teria mentido e dito que não possuía aparelhos celulares.

No entanto, quando a PF conduziu o homem para a prisão, um dos policiais resolveu averiguar o sofá e encontrou os aparelhos. Sob as almofadas, Coronel Lima escondida dois celulares da polícia.

A prisão do amigo de Temer foi a mais demorada. Uma ambulância teve que ser chamada no local, pois Maria Rita Fratezi, esposa dele, começou a passar muito mal. Fratezi também foi presa.

Prisões

O ex-ministro Moreira Franco e coronel Lima, passaram a noite na Unidade Prisional da Polícia Militar, em Niterói, no Rio de Janeiro. Nesta sexta-feira (22), os dois foram levados para prestarem depoimento para a Polícia Federal. A Operação Descontaminação colocou na prisão nove pessoas, dentre elas estão o ex-presidente Michel Temer, o ex-ministro Moreira Franco e coronel Lima.

De acordo com as investigações, Temer seria o comandante de uma organização criminosa envolvendo propinas que teriam sido repassadas no valor de até R$ 1,8 bilhão.

Segundo a procuradora da República Fabiana Schneider, coronel Lima atua na empresa Argeplan e é um dos responsáveis pela ascensão da empresa. Uma planilha afirma que durante anos a Argeplan fez diversos pagamentos de propina direcionados à sigla MT, que se remete a Michel Temer conforme a procuradora.

Além do mais, Schneider afirmou que por meio de escutas telefônicas foi detectado que coronel Lima, muito próximo de Temer, era quem intermediava o dinheiro para o ex-presidente. A procuradora frisou que não há nenhuma dúvida sobre a atuação do coronel no caso.

A filha de Temer, Maristela Temer, também foi envolvida nas investigações. Conforme a força-tarefa da Lava Jato, Maristela teve um apartamento todo reformado através de dinheiro ilícito através de propina.