Moacir Rossetti, ex-secretário estadual do governo de Geraldo Alckmin (PSDB-SP), que atuava no setor de Logística e Transporte, está na mira do Ministério Público. Na 1° Vara Criminal de São Paulo, a juíza Maria Fernanda Belli aceitou denúncia que engloba crimes de Corrupção e lavagem de dinheiro.
A acusação que Rossetti irá responder parte do MP, que enfatiza suposto recebimento no valor de R$ 289 mil através da construtora Camargo Corrêa. O MP aponta que o dinheiro seria destinado ao PSDB, conforme campanhas eleitorais no auge das eleições municipais do Estado de São Paulo, que ocorreram em 2012.
Além de secretário de Alckmin, Rossetti também atuou como secretário-adjunto na gestão Márcio França (PSB).
A denúncia foi apresentada no dia 5 de fevereiro, A juíza acatou o pedido de Marcelo Mendroni, que atua como promotor Grupo de Atuação Especial, o chamado Gedec.
As investigações se iniciaram a partir de depoimentos de envolvidos em acordo de delação premiada da empreiteira Camargo Corrêa. Além de Rossetti, outros dois nomes foram denunciados e se tornaram réus.
A juíza Maria Belli evidenciou que, em 2012, Rossetti pediu propina a Emílio. O objetivo seria para custear a secretaria, além de complementar salários de funcionários comissionados e também reduzir o espaço das relações comerciais entre o governo e a construtora.
Geraldo Alckmin, na época, era o governador do Estado de São Paulo.
Defesa de Rossetti nega acusações
A defesa de Moacir Rossetti negou todas as acusações contra seu cliente, alegando que não é possível haver crime de corrupção se não ocorreu ato próprio do servidor público. A defesa diz que a delação premiada ressalta que ocorreu por parte da Camargo Corrêa a intenção de participar de uma construção no trecho Santos-Guarujá.
No entanto, a defesa frisa que Rossetti não foi responsável por licitações.
Por outro lado, os advogados priorizam que um dos delatores teria oferecido doação à campanha política. Isso envolve um dos prefeitos do PSDB, da cidade de Osasco, na Grande São Paulo. Com isso, Moacir teria pedido que um assessor assumisse os impasses da doação.
A defesa finaliza, avaliando que se houvesse crime, este se tornaria de caráter eleitoral e, mesmo assim, Moacir não seria o responsável.
Geraldo Alckmin comenta caso
Através da assessoria, o ex-governador disse que apoia o andamento das investigações, consequentemente como a punição aos responsáveis. O Diretório Estadual do PSDB disse em nota que o partido e nenhum dos agentes políticos fazem parte do processo. Então, frisa que jamais houve autorização para que outras pessoas pudessem pedir doação em seu nome.