A internação do presidente da República, Jair Bolsonaro, no Hospital Albert Einstein, entre janeiro e fevereiro deste ano totalizou R$ 400 mil e será paga com recursos provenientes da Presidência da República. No entanto, médicos responsáveis pela cirurgia de Bolsonaro avisaram que não cobrarão pelos seus trabalhos, segundo divulgou a Folha de S.Paulo.

O presidente foi alvo de um atentado à faca no ano passado, durante campanha eleitoral na cidade de Juiz de Fora, Minas Gerais.

O agressor, Adelio Bispo, conseguiu acertar a região do intestino do capitão da reserva. Diante disso, o mandatário brasileiro teve que passar por cirurgias e foi obrigado a colocar uma bolsa de colostomia.

Ao entrar na Presidência, Bolsonaro teve que ficar 17 dias internado para a retirada dessa bolsa. Segundo o Palácio do Planalto, esses 17 dias serão pagos com verba pública, conforme direito do presidente em utilizá-la.

O Planalto informou, na última sexta (08), que o Albert Einstein será pago pelo Hospital das Forças Armadas (HFA). Em seguida, o HFA será ressarcido pelo Governo. Vale ressaltar que o Planalto possui um convênio com o HFA, que é voltado à prestação de assistência médico-hospitalar para integrantes da Presidência.

Médicos não cobraram pela cirurgia

Segundo informou o Planalto, os médicos que realizaram a cirurgia no presidente abriram mão de receber pela cirurgia e não cobrarão nem mesmo a consulta de revisão, que Bolsonaro recebeu 15 dias após ter tido alta. O médico responsável pela equipe que cuidou do presidente é o cirurgião Antônio Luiz Macedo.

Agressor

O agressor de Bolsonaro, Adelio Bispo, realizou vários exames e, segundo peritos da Polícia Federal, ele tem doença mental. Entretanto, o caso, na sua totalidade, ainda é mantido em sigilo.

Até o momento foram realizados três laudos. O primeiro atestou que Adelio tem transtorno delirante grave e foi feito em outubro. A Justiça pediu mais dois laudos em fevereiro e foi constatado que ele possui transtorno delirante permanente paranoide, ou seja, ele não poderia ser preso pelo crime.

Contudo, o terceiro laudo é mantido em segredo e se refere ao psicológico do agressor. O procurador Marcelo Medina acionou os peritos da Justiça afirmando que há divergências entre os laudos, segundo informou o portal G1.

Dependendo da conclusão final, Adelio poderá responder criminalmente, ser considerado semi-imputável, ou mesmo inimputável, ficando livre da cadeia. Porém, mesmo ele não sendo preso, a Justiça determinará medidas de segurança para evitar que ele tome qualquer outra ação que prejudique alguma pessoa.