Na tarde deste último domingo, 24 de março, um homem identificado como Antônio Claudio Albernaz Cordeiro foi encontrado morto dentro da própria casa. Antônio também era conhecido como Tonico Cordeiro e já havia sido preso duas vezes por conta das investigações da Operação Lava Jato. Tonico era empresário e engenheiro agrônomo. A Polícia Civil está investigando o caso.
Segundo informações do portal G1, o delegado Cassiano Cabral avaliou que há possibilidade da morte ter sido um suicídio. Contudo, o laudo ainda não foi finalizado e o caso deverá ser analisado por peritos.
A Polícia Civil, entretanto, segundo o delegado, ainda colherá depoimentos e será aberto um inquérito. Algumas pessoas deverão ser ouvidas antes, para então se ter uma conclusão final sobre este caso.
O advogado de Tonico, Antônio Tovo, confirmou a morte do cliente e não deu detalhes sobre o processo que representava na Justiça e que levou à prisão do empresário.
Tonico Cordeiro foi encontrado morto na cidade de Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul. Ele foi apontado pelo Ministério Público Federal (MPF) por atuação como doleiro da empreiteira Odebrecht.
Operação Câmbio, Desligo
A operação da Lava Jato intitulada de Câmbio, Desligo colocou Tonico Cordeiro na prisão pela segunda vez em maio de 2018.
Conforme o G1, policiais federais chegaram até a residência do empresário e foram recebidos pelo caseiro.
Na conversa com o caseiro, os policiais perguntaram se Tonico estava dormindo. O caseiro confirmou e questionou se a polícia poderia esperar um pouco. No entanto, os policiais enfatizaram que não.
A segunda prisão de Tonico não durou mais que trinta dias.
No mês seguinte, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes liberou o acusado.
A operação da PF investiga um sistema utilizado por doleiros, chamado de Bank Drop. Neste sistema, doleiros podiam enviar recursos para o exterior sem a necessidade de passar pelas instituições bancárias reguladas pelo Banco Central.
O esquema é uma ação conhecida como "dólar-cabo".
No ano anterior, 2017, a polícia já estava na mira dos investigados, cumprindo mandados de busca e apreensão em residências e escritórios. O investigado acabou sendo preso pela primeira vez em março de 2016. Nas investigações da Lava Jato, batizada de Operação Xepa, a PF focou em crimes de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo também a Petrobras.