Nesta terça-feira (2), o presidente Jair Bolsonaro endossou as declarações dadas anteriormente pelo seu ministro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo, que afirmou que não existem dúvidas de que o movimento nazista foi de esquerda. O presidente lembrou o nome do partido nazista para dar base aos seus argumentos.
Essa afirmação se deu pelo fato de que o presidente foi questionado por um repórter a respeito do que Araújo havia dito e se ele concordava com a fala do ministro. Ao relembrar o nome do partido nazista de Adolf Hitler, o presidente citou como sendo Partido Nacional Socialista da Alemanha, mas o nome correto do partido era Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães.
Apesar de responder à pergunta do jornalista, o presidente reclamou e disse que esse tipo de questionamento só irá servir para gerar manchetes negativas em jornais e que ele gostaria de continuar tratando os jornalistas com o respeito que eles merecem, mas que precisa manter uma pauta positiva, sem esse tipo de pergunta que poderá gerar polêmicas.
Como parte dos compromissos da viagem do presidente a Israel, ele tinha uma visita agendada ao museu mundial do Holocausto, Yad Vashem, que contem informações a respeito do assassinato de 6 milhões de judeus pela Alemanha nazista comandada por Adolf Hitler. O museu traz a história do Holocausto e de como ocorreu a ascensão do nazismo no país. A informação do site do museu diz que o Partido Nazista se originou de grupos radicais da direita, contrariando a fala do presidente.
A ascensão do nazismo
O site explica que Hitler e o Partido Nazista alcançaram o poder devido a condições sociais e políticas que eram características do período entreguerras da Alemanha. Os alemães não aceitavam a derrota do país na Primeira Guerra e possíveis traições e a fragilidade paralisaram e fizeram com que a frente de batalha entrasse em colapso.
Com a frustração e a ameaça do crescimento do comunismo, os grupos radicais de direita cresceram na Alemanha e deram origem ao Partido Nazista.
O vice-presidente, Hamilton Mourão, em entrevista à imprensa, evitou dar uma resposta direta a respeito do assunto a fim de não contrariar as afirmações feitas pelo presidente Jair Bolsonaro anteriormente. De acordo com Mourão, nazismo e comunismo são as duas faces de uma moeda e por fim, classificou ambos como autoritarismos.