Segundo informações da revista Veja, o ministro da educação, Abraham Weintraub, disse que o MEC (Ministério da Educação) vai cortar a verba das universidades que não apresentarem um bom desempenho dentro dos seus quadros, assim como aquelas que estiverem promovendo “balbúrdia” em seus estabelecimentos. Segundo o ministro, existem três universidades que já estão na mira do Ministério e, nesse critério, tiveram repasses reduzidos.

As instituições UnB (Universidade de Brasília), UFF (Universidade Federal Fluminense) e a UFBA (Universidade Federal da Bahia) já tiveram suas verbas reduzidas –cerca de 30% do orçamento.

Já a universidade UFLF (Universidade Federal de Juiz de Fora), que fica em Minas Gerais, está sob avaliação, segundo Weintraub.

De acordo com relatos ditos pelo ministro à imprensa, na maioria das universidades federais andam acontecendo muitos eventos partidários e algumas festas inadequadas. "As universidades devem ter muito dinheiro de sobra para fazer esse tipo de bagunça", afirmou. Weintraub chamou a atenção que há sem-terra e pessoas nuas dentro desses campus.

A explicação do MEC

Segundo o site da revista Veja, essa medida entrou em vigor na semana passada e os cortes são as despesas discricionárias, para a luz, água, limpeza, as bolsas de auxílio para estudantes, etc. Porém, esses recursos que estão destinados ao pagamento do pessoal tem obrigatoriedade e não podem sofrer redução.

O ministro Weintraub afirmou que esse tipo de corte não vai afetar a parte do “bandejão”. Também, segundo o ministério, o programa de assistência ao aluno não sofrerá nenhuma alteração e nenhum impacto, apesar que são as mesmas verbas discricionárias.

Ainda de acordo com a Veja, a UnB fez a verificação no bloqueio do sistema orçamentário de 30% e espera reverter esse quadro orçamentário.

Já as outras universidades –a UFBA e a UFF– não afirmaram nada até esse momento. No ano passado –em 2018– a UFF promoveu um ato “contra o fascismo” no final da reta da eleição para presidente. Já a UnB teve vários debates com Fernando Haddad (PT) e também Guilherme Boulos (PSOL).

Ao ser questionado se essa escolha seria uma espécie de “lei da mordaça” nas universidades federais, Weintraub afirmou que todos têm todo o direito de se expressarem.

Porém, o desemprenho acadêmico tem que ser bom. O ministro disse também que o MEC só tomará medidas dentro da lei. Por outro lado, mesmo com o ministro tendo acusado a UnB, a UFBA e a UFF de terem queda no seu desempenho, segundo informações do site da revista Fórum, as instituições se mantêm em destaque nas avaliações internacionais.

Weintraub acusou essas universidades de ter um desempenho baixo, mas, elas se mantêm em destaques em avaliações lá fora. Segundo o ranking da publicação britânica The Times Higher Education, tanto a UnB quanto a UFBA tiveram uma avaliação muito melhor na última edição.