Na última quarta-feira (8), houve mais uma comissão para promover a discussão do projeto da reforma da Previdência com a participação do ministro da Economia, Paulo Guedes. Ao logo da discussão, Guedes chegou a afirmar que estava escutando várias afirmações erradas sobre a proposta que o governo apresentou. Nos seus últimos minutos de fala, o ministro defendeu a migração do atual sistema da Previdência para o sistema de capitalização, que tem bastante resistência dentro dos parlamentares da oposição.

Guedes chegou a essa reunião com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), que é um dos defensores dessa reforma da Previdência.

Também chegou com o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzini, que comparece para dar um apoio ao projeto.

Paulo Guedes defende o projeto

Durante a comissão, o ministro afirmou que o Brasil vai enfrentar um sistema com déficit de todas as áreas. Segundo Guedes, esse sistema já tem a condenação a quebrar e declarou que a razão principal de fazer a reforma seria que a velha Previdência é um regime já condenado a falir e uma fábrica de privilégios.

Guedes discutiu que a aprovação da reforma reduzirá certas desigualdades entre aposentados do setor privado e do setor público, já que o primeiro grupo recebe cerca de R$ 1,4 mil do INSS, enquanto o segundo chega a ganhar R$ 28 mil.

Dirigindo-se aos deputados presentes, Guedes afirmou que essa diferença não é algo muito razoável e que eles não podem legislar em seu próprio benefício.

Até o momento, a reunião estava caminhando de forma calma e construída com argumentações, mas num dado momento, Guedes ficou nervoso com a oposição, que gerou tumulto e muita gritaria.

A confusão começou quando o ministro começou a reagir às ameaças e ofensas que recebeu. Segundo Guedes, ele entendeu como que é o padrão dessas reuniões e que ao passar de 6 ou 7 horas, as perguntas ficam muito mais pessoais e, segundo o ministro, a “baixaria começa”.

Guedes constatou que estavam fazendo pesquisas sobre ele no Google para lhe atacar e que deveriam pesquisar sobre o “dinheiro na cueca”. O ministro se referia ao caso envolvendo um dos ex-assessores do parlamentar, José Guimarães (PT-CE), que foi pego com dinheiro na sua cueca.

Os deputados da oposição se irritaram, e assim houve um inicio de tumulto.

Mas aliados do governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) e o deputado Marcelo Ramos (PR-AM) conseguiram retornar à discussão. No vídeo abaixo, publicado pelo portal R7, é possível ver a reação de Paulo Guedes quado a oposição ataca ele com perguntas pessoais e que, na visão do ministro, nada tinha a ver com o projeto.