A polícia está trabalhando diligentemente para desvendar o assassinato de Anderson do Carmo, marido da Deputada Flordelis. Anderson faleceu na madrugada do dia 16 de junho na garagem de sua casa, após chegar de uma festa com a esposa. Ele foi baleado diversas vezes, não resistindo aos ferimentos.

Os investigadores estão em busca do celular do pastor, que pode ajudar a elucidar as motivações para o crime, mas o mesmo não foi encontrado. A polícia fez uma busca na casa da família, mas sem sucesso. Eles recolheram mais de 20 aparelhos celulares de pessoas que moram na residência, para ver se algum deles seria da vítima.

Através das investigações, os profissionais descobriram que o celular da vítima foi usado horas após o crime. Foram enviadas mensagens através do aparelho de Anderson para grupos de amigos, entre as 9h e 10h07 da manhã. A pessoa se identifica como um dos filhos do Pastor, e diz: "Orem por nós"; "infelizmente as notícias são verdades".

Em outra mensagem, a pessoa confirma que o crime aconteceu na casa de Flordelis. Os policiais informaram que já sabem quem usou o aparelho, mas essa informação é mantida sob sigilo. Em entrevista nesta terça-feira (25), Flordelis pediu que quem estiver com o aparelho o devolva, pois nele estão momentos importantes gravados, além de toda a sua agenda e contatos de amigos.

Ainda na sua entrevista, a deputada disse que muitas pessoas estranhas passaram pela sua casa nos últimos dias e que ela deu falta até de alguns objetos pessoais do marido, entre eles, uma pulseira de ouro, um anel e alguns relógios.

Filho dá depoimento sobre celular do pai

De acordo com o depoimento de um dos filhos de Flordelis e Anderson, o celular do pai estava no closet do casal juntamente de sua carteira e do controle do portão.

Esses objetos foram usados no momento em que Anderson foi socorrido ao hospital, mas na volta, já sabendo que o pai estava morto, o rapaz diz ter entregue o aparelho à sua namorada para que ela o repassasse à Deputada Flordelis.

Em outro momento, outro filho da deputada que não teve o nome revelado, disse à polícia que desconfia do envolvimento da mãe e de três irmãs suas no assassinato do pai.

Segundo esse depoimento, uma dessas irmãs teria oferecido R$ 10 mil para que o irmão Lucas tirasse a vida de Anderson.

Segundo a delegada responsável pelo caso, Bárbara Lomba, todas as pessoas que moravam na casa ou que estavam perto da cena do crime são investigados pela morte do pastor Anderson. A polícia já sabe que Anderson foi morto por alguém da família e que a motivação seria familiar. Dois filhos do casal, Lucas e Flávio, continuam detidos suspeitos de envolvimento no assassinato do pai.