O ator Pedro Cardoso, que fez grande sucesso com o personagem de Agostinho Carrara, da série "A Grande Família", concedeu uma entrevista ao programa "Provocações", da TV Cultura, conduzido pelo apresentador Marcelo Tas, nesta terça-feira (23). Na entrevista, Pedro Cardoso mostrou uma grande insatisfação que possui com a Rede Globo e aproveitou para fazer duras críticas ao lema do presidente da República, Jair Bolsonaro: "Brasil acima de tudo, Deus acima de todos".
O ator assumiu que sempre foi de esquerda, porém, diante da vitória de Bolsonaro, mudou para a extrema-esquerda, mostrando revolta com o atual Governo.
De acordo com o eterno Agostinho Carrara, o lema de Bolsonaro não condiz com a vontade de todos os brasileiros. Ele afirmou que Deus não pode estar acima dele, pois não crê em Deus. Em razão disso repudia o lema do mandatário brasileiro. Além disso, chamou o governo Jair Bolsonaro de "fascismo vigente no Brasil".
“Como alguém pode dizer para mim que o Deus dele está acima de mim?”, indaga Pedro Cardoso no #Provoca. pic.twitter.com/qqAVNwpU40
— TV Cultura (@tvcultura) 24 de julho de 2019
Ataques contra a Globo
Pedro Cardoso foi um ator de grande destaque na Rede Globo. No entanto, ele mostra um certo ressentimento com a direção do canal carioca. Ele disse que nunca ficou rico na emissora, mesmo interpretando Agostinho Carrara por 12 anos.
Segundo Cardoso, quem ficou rica foi a Globo explorando ao máximo o seu talento.
Ele ressaltou que ainda precisa trabalhar para poder pagar suas contas e não possui nenhuma economia que o tranquilize em sua vida. Morando em Portugal, o ator revelou que vem ao Brasil apenas pelo dinheiro da bilheteria que consegue juntar.
Recentemente, o nome do ator esteve em evidência nas redes sociais após rumores de que a sexta edição do jogo GTA aconteça no Rio de Janeiro.
Fãs do personagem Agostinho Carrara fizeram uma petição online. A intenção era que ele estivesse como avatar no novo game, simbolizando o taxista.
Bolsonaro visita a Bahia após polêmica
Recentemente, Bolsonaro se envolveu em uma polêmica com o Nordeste, após falar sobre governadores da região. Em uma conversa informal com o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, o presidente disse que "daqueles governadores de paraíba, o pior é o Maranhão".
Embora tenha dito depois que ama o Nordeste, muitos críticos do seu governo atacaram as suas declarações.
Durante um evento em Vitória da Conquista, sudoeste da Bahia, na terça-feira (23), Bolsonaro ressaltou que não há divisão entre o povo brasileiro. "Somos um só povo com um só objetivo", disse.
O presidente também disse que defende o respeito às religiões e, embora o estado seja laico, ele é cristão. O ex-capitão, inclusive, tem pretensões de escolher um ministro evangélico para o Supremo Tribunal Federal (STF).
O governador da Bahia, Rui Costa (PT), se recusou a estar presente no evento de inauguração do terminal aéreo juntamente com Bolsonaro. O presidente lamentou a ausência do governador e disse que não tem preconceitos em relação a partidos.