O jornal espanhol El País fez a divulgação de uma imagem em que aparece a mala e o conteúdo transportado no avião da FAB (Força Aérea Brasileira) no último dia 25 de junho. A cocaína, contida no interior da mala, somava 39 quilos, que eram transportados pelo sargento Manoel da Silva Rodrigues, que foi imediatamente detido ao pousar na cidade de Sevilha, na Espanha, quando o avião fazia escala para se dirigir a Osaka, no Japão, onde o presidente participou do G20.

O sargento Manoel fazia parte da comitiva que acompanhava o presidente da República, Jair Bolsonaro.

Imagem mostra 39 quilos de cocaína

O conteúdo estava envolvido em 37 pacotes diferentes, selados e escondidos dentro de uma mala. A foto revela quase que por inteiro os pacotes que enrolavam a cocaína com um papel em cor bege e uma fita de mesma cor, à exceção de um, enrolado com uma fita em cor amarela.

Inúmeros portais reproduziram a imagem divulgada pelo El País no Twitter. O portal R7 foi um dos que divulgou a imagem na rede social.

De acordo com o que fora publicado pelo jornal espanhol, os pacotes com cocaína se encontravam em uma mala de mão, na cor preta, e sem mais nada em seu interior a não ser a droga escondida.

Quantidade avaliada em R$ 6 milhões

Autoridades espanholas informaram que a droga foi avaliada em R$ 6 milhões. A cocaína foi dividida em pequenos blocos, dentro da mala de rodinhas, que sequer apresentava qualquer tipo de disfarce para não levantar suspeitas das autoridades espanholas no aeroporto.

Imagina-se que, por estar fardado portando a mala, o sargento não pensou que pudesse ser inspecionado pela aduana do aeroporto.

A inspeção constatou o porte de drogas pelo integrante da comitiva de Jair Bolsonaro.

'Vuelo Caliente', classificam autoridades

Segundo a Polícia local, o voo em que Rodrigues estava era tido como "vuelo caliente". A expressão seria uma forma de delimitar a rota historicamente já utilizada pelo narcotráfico. Ao descer da aeronave, o sargento carregava um porta-terno, além de uma mala de mão em rodinhas.

Através do uso do raio-X, os agentes aduaneiros dos pacotes tão bem organizados na bolsa do integrante da comitiva do governo. Quando abriram a mala, encontraram a droga, e, imediatamente se surpreenderam com a desfeita do sargento, que sequer se esforçou para esconder o crime.

O sargento Rodrigues acabou sendo preso na última terça (25) pelo controle aduaneiro de Sevilha, na Espanha. O local, que seria apenas uma parada da comitiva de Bolsonaro, que se dirigiria para o Japão, acabou estourando um grande escândalo no governo dias antes da reunião do G20.

Após a detenção do sargento Rodrigues, a comitiva do presidente alterou a rota, passando por Portugal.