De acordo com o jornal O Globo, ao que parece, há um entrave politico para as reformas jurídicas propostas pelo pacote anticrime do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, após a morte da menina Ágatha Vitória Sales Félix, de apenas 8 anos, ocorrida na última sexta-feira (20), no Complexo do Alemão, zona norte do Rio de Janeiro. A suspeita é de que a garota tenha sido morta por um tiro disparado por um PM durante ação policial na região.

Com a repercussão do caso, as discussões chegaram até as redes sociais e várias celebridades e pessoas públicas começaram uma grande discussão. Porém, ao que parece, a discussão chegou ao Congresso Nacional e pode criar vários entraves na aprovação do projeto anticrime do ministro Moro.

Segundo O Globo, o grupo de trabalho da Câmara dos Deputados que estuda o projeto deve discutir nesta terça-feira (24) o trecho que aborda o excludente de ilicitude, que relaxa a punição de agentes que cometam crimes sob "violenta emoção".

Segundo o jornal O Globo, o deputado escolhido para ser relator do texto do projeto anticrime, Capitão Augusto (PL-SP), disse que esse ponto do projeto já está fadado a não ter aprovação, porque os deputados que compõem o grupo de análise, em sua maioria, são parlamentares que se opõem a ele.

No último sábado (21), um dia depois da morte da menina, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), escreveu no seu perfil no Twitter que se solidariza com a família da menina morta e que sabe o tamanho dessa dor da perda. Na mesma postagem, Maia defende uma avaliação muito mais rigorosa na parte do excludente de ilicitude.

Moro defende o pacote anticrime

O ministro da Justiça foi no último domingo (22) ao Twitter para defender e rejeitar que existam alguns fatores do pacote anticrime relacionados à morte da menina Ágatha. Moro ressaltou que não há nenhuma relação no seu projeto com a morte da criança. O ministro escreveu que também lamenta a morte da menina.