Neste sábado (01), Mahmoud Abbas, Autoridade Nacional Palestina, anunciou que rejeita, totalmente, o plano de Donald Trump, presidente dos EUA. E informou que está rompida todas as relações com Israel e EUA.
O aviso de Abbas foi dado durante uma reunião da Liga Árabe no Egito e acrescentou que a proposta é uma violação dos acordos entre israelenses e palestinos que foi assinado em Oslo (1993). Abbas ressaltou que não haverá cooperação na área de segurança. Atribuindo a Israel o dever de assumir suas responsabilidades como potência ocupante de territórios palestinos.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, revelou seu plano na terça-feira (28). Este é um acordo do século, afirmou Trump. Sua proposta ocorre num momento em que enfrenta um processo de impeachment. Mesmo assim, Trump se apresentou acompanhado de Binyamin Netanyahu, premiê israelense.
A proposta visa a criação de um Estado palestino desmilitarizado e reconhecido como soberania israelense diante de seus assentamentos no vale do rio Jordão e na Cisjordânia. O plano foi anunciado para autoridades palestinas que o rejeitaram. Antes, as autoridades palestinas já haviam interrompido os diálogos com os EUA devido o reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel, bem como a transferência da embaixada americana para a cidade, em 2018.
Essa nova reunião definiu o fim da união entre os participes.
De acordo com analistas o plano de Trump invés de resolver os problemas e conflitos entre israelitas e palestinos tende a alimentar, ainda mais, as desavenças. Os analistas também tem dúvidas se a comunidade internacional irá apoiar o projeto americano.
Para Abbas esse projeto “Paz para a Prosperidade” é uma conspiração e nega totalmente os termos nele descritos.
Um novo desenho para o Oriente Médio
No projeto de Trump está redesenhado o mapa da região que ao longo dos anos vem sendo disputada entre israelitas e palestinos. Nele está estabelecido um reconhecimento mútuo entre Israel e Palestina, ao que Trump chamou de solução realista para ambos os Estados.
No plano, também, está contido as propostas para o futuro iniciando pela decisão de tornar a região de Abu Dis a capital do Estado Palestino que terá um território para indústrias de alta tecnologia, além de casas e produção agrícola.
Será construído um túnel que liga a faixa de Gaza à Cisjordânia; os portos de Haifa e Ashdod poderão ser acessados por palestinos. Já o Vale do Jordão ficará sob o controle de Israel e os assentamentos israelenses na Cisjordânia serão mantidos.
O plano americano que carrega a proposta de paz para a região, também foi rejeitado pela Liga Árabe. Contudo, Israel e Palestina tem um histórico de cooperação e colaboração no monitoramento de áreas palestinas, além de contribuir com a agência de inteligência dos EUA (CIA).