Em entrevista dada à Record TV neste domingo (22), Jair Bolsonaro alterou elevou o tom contra os governadores, chamando-os de "exterminadores de emprego" e afirmando que a população ainda vai tirar satisfação por ser enganada por eles na crise da pandemia do novo coronavírus.
Ao ser questionado sobre as ações realizadas pelo governo contra o desabastecimento de alimentos e produtos nas cidades brasileiras, Bolsonaro diz que os governadores estão fantasiando demais a crise.
Segundo ele, está contatando as prefeituras, que é onde vive a população e não na idealização dos governadores, que estão se tornando reais exterminadores de emprego, considerando ser essa uma crise ainda pior que a do coronavírus no Brasil.
Ainda de acordo com o presidente, é impossível contrastar Brasil e Itália no caso da doença, pois os italianos atrasaram muito em realizar medidas protetivas para evitar a pandemia no país, e que tal exemplo não pode ser seguido pelos brasileiros.
Além disso, ainda foi dito por ele que a Itália possui 200 habitantes por quilômetros e que, no Brasil, são apenas 24, ressaltando que a diferença é exorbitante, voltando a minimizar a situação alegando que a pandemia deve causar menos vítimas que o surto da H1N1, que aconteceu em 2009.
Percebe-se que a crise da covid-19 serviu para mostrar ainda mais a falta de união entre governadores brasileiros e governo Bolsonaro, pois durante reuniões são marcadas por troca de acusações públicas e acusações de usurpação de poder.
Por fim, como reação a medidas adotadas pelos chefes do executivo estadual, medida provisória foi editada pelo presidente para que qualquer modificação ou restrição que envolva a Anvisa caiba apenas a ele decidir quais setores públicos e fundamentais permanecerão efetivos e funcionando conservados durante a pandemia.
'Gripezinha', caracteriza Bolsonaro
Após chamar a pandemia do novo coronavírus de "gripezinha" e destacar que isso que não o derrubaria, e ainda ter ironizado e comparado até com a situação de ter sido esfaqueado, o presidente reconhece, inclusive, que haverá muitos mortos pelo coronavírus.
Ainda de acordo com fala de Bolsonaro, sua apresentação de calma e serena diante da situação é devida à sua obrigação de não criar ainda mais pânico, o que tornaria a situação ainda mais agravante, além de não ser sua intenção executar nenhuma demagogia.
Sem se prolongar, o presidente ainda pediu que a população seguisse fielmente as recomendações de Saúde.