Na noite da última terça-feira (17), locais como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife e DF tiveram panelaços contra o presidente da República, Jair Bolsonaro.
O momento em que as pessoas se uniram foi marcado por sons de panelas sendo batidas, além de vais que foram registrados de protestantes contra o presidente, e também gritos de “fora, Bolsonaro” em várias casas nas cidades e estados.
O protesto foi uma reação das pessoas em relação a uma fala do presidente, no qual ele novamente declarou que considera como sendo uma histeria o assunto envolvendo o novo coronavírus.
Na fala do presidente, ele declarou que considera como histeria as ações de governadores em relação ao isolamento que está sendo feito de pessoas para conter a doença, e apontou que isso está sendo feito é prejudicial para a economia.
Na mesma noite, o Governo declarou que agora vai pedir ao Congresso para que seja reconhecido o estado de calamidade pública em relação à pandemia que chegou ao Brasil depois de ter afetado China e vários países da Europa, como Itália, que é uma das mais afetadas até o momento.
Bolsonaro vai às manifestações
No último domingo (15), o presidente acabou descumprindo o monitoramento do coronavírus ao resolver participar de um ato a favor de seu governo, que aconteceu por todo o país.
No momento, o presidente deixou o isolamento que deveria ser feito e se encontrou com apoiadores dele que estiveram pelas ruas do Distrito Federal.
Nesta terça-feira (17), o presidente novamente declarou que, após ter feito um teste para coronavírus pela segunda vez, o mesmo havia dado negativo, assim como foi dado na primeira vez.
Em um último balanço que foi divulgado pelo Ministério da Saúde, foram confirmados até o momento 372 casos de coronavírus no país, além de 8 mil casos suspeitos da doença. A divulgação dos novos dados aconteceu também nesta última terça-feira (17).
Como foi apontado, a maioria dos casos confirmados da doença agora estão em São Paulo, onde são apontados 164 casos, além do Rio de Janeiro, que conta com 33 casos da doença.
Até o momento, o Ministério da Saúde também declarou que foram descartados 1.890 casos da doença no país.
Este salto no número de casos suspeitos da doença, de acordo com o que foi dito pelo ministério público, era algo que já se esperava, isso porque os estados agora passaram a incluir de forma direta os casos no sistema deles contando com um algoritmo.
Com isso, foram incluídos mais de 6 mil casos na lista em questão. No balanço que foi feito anteriormente pelo órgão, haviam 2.064 casos suspeitos da doença, o que significou agora um aumento de 327%. O órgão ainda declarou que boa parte dos casos que foram incluídos agora estavam parados, pois dependiam de que fosse feita uma supervisão manual de técnicos federais.