Foi aprovado pelo Senado, nesta segunda-feira (30), o projeto que determina o pagamento de um auxílio emergencial de R$ 600 para trabalhadores informais --ainda estão incluídos no benefício autônomos e trabalhadores em contrato intermitente-- pelo período de três meses. O texto agora será encaminhando para a sanção do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Este auxílio de R$ 600 ficou conhecido como "coronavoucher". Ele tem o objetivo de amenizar as dificuldades financeiras da parcela mais carente da população durante a pandemia do novo coronavírus, devido à recomendação de isolamento social feita pelo Ministério da Saúde e pela OMS (Organização Mundial da Saúde) para conter a propagação do vírus.
Os líderes do Senado concordaram em não fazer alterações que alterassem o mérito do projeto aprovado na semana anterior pela Câmara dos Deputados para não adiar o pagamento dos R$ 600. Se fossem feitas mudanças, teria de ser analisado novamente pelos deputados federais.
A ideia inicial do Governo federal era que o auxílio fosse de R$ 200. Porém, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que seria votado o valor de R$ 500. O Congresso Nacional avaliou que a quantia de R$ 200 seria insuficiente. Ao longo da sessão, o presidente da República afirmou que aceitava aumentar o benefício para R$ 600. O projeto foi aprovado no Senado por unanimidade.
Durante a sessão, uma parcela dos senadores criticou a sugestão do governo de dar um auxílio de apenas R$ 200, Bolsonaro também foi criticado pelos senadores por suas saídas à rua, contrariando a recomendação de isolamento social para evitar a transmissão do novo coronavírus.
No começo da sessão, foi lido um manifesto assinado pelos líderes do Senado em favor do isolamento social e contra as falas mais recentes de Bolsonaro.
Novo projeto
Mais um projeto será elaborado pelo Senado, a intenção é incluir mais categorias e pessoas que necessitem deste benefício, o projeto terá como base sugestões apresentadas e não contempladas no texto que foi aprovado nesta segunda-feira.
No novo projeto categorias como, taxistas, mães menores de idade, pescadores artesanais, músicos, indígenas e caminhoneiros devem ser incluídos.
O senandor Antonio Anastasia (PSDB-MG) está no comando do Senado, pois o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), está se recuperando de uma infecção do coronavírus. Também foi infectado pelo vírus o senador Nelsinho Trad (PSD-MS), que já está recuperado e voltou a participar das sessões do Senado. O senador que será o relator do novo projeto é Esperidião Amin (PP-SC), a expectativa é que a nova proposta seja discutida e votada na terça-feira (31).