O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), recebeu neste último domingo (26), no Palácio da Alvorada, o advogado Frederick Wassef, que é responsável pela defesa do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos), filho do presidente, no caso Fabrício Queiroz. Wassef também defende o próprio presidente Bolsonaro em casos que têm o envolvimento do Judiciário.

As informações são do site G1, que entrou em contato com o advogado e perguntou qual foi o motivo da visita, em meio às negociações para a sucessão na Polícia Federal (PF). Wassef afirmou que foi conversar sobre questões jurídicas relacionadas a reportagens mentirosas que estão sendo veiculadas sobre Jair Bolsonaro.

Questionado sobre se ele está envolvido na escolha do novo diretor-geral da PF e do novo ministro da Justiça e Segurança Pública, ele negou.

Coincidência

Questionado pelo site se ele não achava inadequada sua presença no Palácio da Alvorada neste domingo em que estão ocorrendo tratativas para a sucessão do ex-ministro da Justiça Sergio Moro e também de Maurício Valeixo, Frederick Wassef respondeu que se tratava de “mera coincidência”.

Também esteve presente à residência oficial do presidente o senador Flávio Bolsonaro e também ministros pertencentes à ala militar do Governo. A intenção dos generais neste final de semana foi tentar demover o líder do Executivo de escolher Jorge Oliveira.

Os militares acreditam que o presidente sofrerá um imenso desgaste com estas duas escolhas pessoais, Alexandre Ramagem como diretor-geral da PF, e Jorge Oliveira para substituir Moro no ministério da Justiça e Segurança Pública.

Segundo o G1, Os generais afirmaram que Jair Bolsonaro não ouve mais ninguém que não seja de seu núcleo familiar e que se tivesse aceitado sugestões, teria escolhido alguém no nível de Sergio Moro. Entre as sugestões do núcleo militar do governo estavam nomes de juristas e magistrados que, assim como Moro, também fizeram parte da operação Lava-Jato, porém, até o momento, Bolsonaro optou por uma escolha pessoal.

Supremo

Como foi apurado pelo G1, a grande preocupação do presidente Jair Bolsonaro é o Supremo Tribunal Federal (STF). Assessores do presidente que foram ouvidos pelo site dizem que o Congresso, com o apoio do centrão, pode ser mais controlado e a oposição é que poderá desgastar o presidente.

Em relação ao STF, estes assessores avaliam que o relator Celso de Mello, que é responsável pelo inquérito que está apurando as denúncias de Moro contra Bolsonaro, é que irá dar dor de cabeça ao presidente. Então, Bolsonaro já está conversando com seus advogados para enfrentar o inquérito na corte.