Durante uma reunião ministral realizada no dia 22 de abril, o presidente Jair Bolsonaro teria dirigido palavras de baixo calão ao atual governador de São Paulo, João Doria (PSDB). O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSL), também foi atacado pelo presidente da República. Todo o ato foi acompanhado pela cúpula do chefe do executivo, de acordo com informações apuradas por inúmeros veículos de comunicação.
Algumas pessoas que estavam presentes na reunião conseguiram registrar o momento em que o presidente ofende os políticos. O vídeo que mostra Bolsonaro alterado e xingando alguns políticos foi exibido a investigadores e advogados nesta terça-feira (12), no prédio da Polícia Federal de Brasília.
De acordo com alguns relatos, Bolsonaro chegou a afirmar que iria intervir nos ministérios e que não podia ''apanhar sozinho'', referindo-se às críticas sofridas durante seu mandato como presidente da República. Além do chefe do executivo, Abraham Weintraub, que é o ministro da Educação, também deu sua opinião durante a reunião ministerial.
Weintraub informou que os ministros do Supremo Tribunal Federal deveriam ser conduzidos para a cadeia, tendo em vista os atos contrários que os ministros estariam fazendo em relação a Bolsonaro.
Ainda na reunião, Bolsonaro chegou a argumentar sobre a troca do diretor-chefe da Polícia Federal. Outros assuntos também foram tratados. Todo o material está sendo investigado e apurado.
Presidente se explica sobre o caso
Com a repercussão da notícia, o presidente acabou usando as suas mídias sociais para se explicar sobre o respectivo caso. Através do Twitter, Bolsonaro digitou a seguinte frase: ''Qualquer parte do vídeo que seja pertinente ao inquérito, da minha parte, pode ser levado ao conhecimento público''.
O chefe do executivo relata que não tem nada a esconder nas imagens gravadas durante a reunião ministral, ocorrida no dia 22 de abril.
- Qualquer parte do vídeo que seja pertinente ao inquérito, da minha parte, pode ser levado ao conhecimento público.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) May 12, 2020
A postagem foi realizada no final da noite desta terça-feira (12) e já conta com cerca de 80 mil curtidas e mais de 25 mil comentários.
Tendo em vista o alto número de seguidores, o presidente acabou sendo apoiado pelo seu público. Recentemente, o chefe do executivo tem usado bastante as suas redes sociais para se posicionar sobre determinados assuntos pertinente à população brasileira.
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) apresentou pedido ao ministro Celso de Mello, decano do Supremo Tribunal Federal e relator do inquérito sobre interferências na Polícia Federal, pela liberação da íntegra da reunião. O vídeo ainda segue em sigilo, já que está sendo usado para apurar acusações a Bolsonaro sobre possíveis interferências nos inquéritos da Polícia Federal.