O secretário-executivo da Polícia Militar de São Paulo, o coronel Álvaro Batista Camilo, concedeu entrevista à CNN Brasil em que afirmou que o estopim para o tumulto ocorrido nas manifestações deste domingo (31) na avenida Paulista, região central de São Paulo, foram pessoas portando bandeiras com temática neonazista. Na manifestação estavam presentes apoiadores do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), e opositores do mandatário. O ato foi organizado por torcidas organizadas de futebol pela democracia.

O secretário-executivo da PM de São Paulo afirmou que a polícia filmou todo o ocorrido e que irá passar as filmagens para a Justiça e o Ministério Público, para que seja feita a apuração.

Ele acredita que o estopim para o tumulto tenha sido as pessoas ligadas ao neonazismo.

Excessos

Para os representantes da Comissão de Direitos Humanos da OAB, houve excessos da PM, porém, de acordo com o governador João Doria (PSDB), o objetivo foi manter a integridade dos participantes da manifestação. A PM fez uso da Tropa de Choque e bombas de gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes contrários ao presidente da República. O ato favorável ao Bolsonaro prosseguiu com faixas com pedidos de impeachment do governador paulista.

O coronel Álvaro Batista Camilo ressaltou que a PM não defende nenhum dos dois lados e que a corporação atuou para evitar que os manifestantes entrassem em conflito.

Ele afirmou ainda que um dos lados apresentava comportamento mais agressivo que o outro lado, mas quando foi questionado qual dos lados apresentou este comportamento mais agressivo, ele afirmou que não conseguia identificar qual foi o lado que estava mais exaltado.

Garantia da ordem

Anteriormente, em entrevista à Globo News, o secretário-executivo da corporação afirmou que a PM agiu para "garantir a ordem" e que a manifestação foi dispersada depois que pedras foram atiradas contra os policiais militares.

Ele disse que a polícia não iria agir primeiro, não iria entrar em confronto sem necessidade, que a PM tem a função de garantir a ordem, afirmou ele, que complementou dizendo que as imagens serão analisadas para apontar os culpados.

O governador João Doria se manifestou e disse que a PM agiu no intuito de manter a integridade física dos manifestantes, de ambos os lados, e que a presença da Polícia Militar evitou confrontos entre os dois grupos e as possíveis vítimas.

Ele ainda afirmou que todos têm o direito de se manifestar, mas que as pessoas não têm o direito de agredir, disse o tucano em uma rede social.