A manhã desta quinta-feira (18) começou agitada para a família Bolsonaro. Logo de manhã, o presidente deixou o Palácio da Alvorada, residência oficial, em um comboio em alta velocidade sem falar com seus apoiadores, como sempre faz. O motivo pode ter sido a prisão de Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro, quando ele era deputado estadual no Rio de Janeiro.
A prisão de Queiroz ocorreu na manhã dessa quinta-feira (18), em Atibaia, no interior de São Paulo, após um pedido expedido pela Justiça do Rio de Janeiro. O ex-assessor é acusado de participar de um suposto esquema de "rachadinha" na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
De acordo com as investigações, o esquema funcionava com a devolução de parte dos salários dos funcionários de Flávio, para logo em seguida ser lavado por meio de uma loja de chocolate e investimentos em imóveis.
Após ser preso, Queiroz foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) e logo em seguida para o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa da Polícia Civíl, onde logo em seguida seria transferido para o Rio de Janeiro, de acordo com o portal G1.
Relação de Queiroz com Wassef
A proximidade de Queiroz com a família Bolsonaro fica cada vez mais explícita com essa prisão. O ex-assessor foi encontrado em Atibaia, em um imóvel de Frederick Wassef, advogado da família Bolsonaro. O advogado tem uma relação de proximidade com a família Bolsonaro, onde já chegou a afirmar que "conhece tudo que tramita na família Bolsonaro".
A informação foi obtida pela Rádio Gaúcha, em 28 de abril, quando Wassef cedeu uma entrevista onde afirmou estar "no dia a dia" da família Bolsonaro. Ainda na entrevista, o advogado falou que sabe de absolutamente tudo sobre a família Bolsonaro.
Cabe ainda ressaltar que Frederick Wassef é quem representa o presidente Bolsonaro no caso de Adélio, que tentou assassinar o presidente em Minas Gerais, quando ainda estava em campanha.
Além do caso de Adélio, Wassef também defende Bolsonaro no caso do porteiro que fez acusações contra o presidente.
Relação de Queiroz com a família Bolsonaro
O caso de Queiroz veio a tona em 2018, durante a campanha de Jair Bolsonaro para a presidência. Na época, Queiroz foi acusado de participação nos supostos esquemas de "rachadinha", quando ainda era assessor de Flávio Bolsonaro, deputado estadual na época.
Além de assessor, Queiroz também chegou a trabalhar como motorista de Flávio, mas foram as movimentações atípicas em sua conta que o colocaram como alvo das investigações.
Os relatórios da Coaf apontaram cerca de 74 movimentações suspeitas de servidores e ex-servidores da Alerj, onde os recursos que eram usados para pagar os funcionários voltavam para os próprios deputados.
Na conta de Queiroz, uma movimentação atípica de R$ 1,2 milhão colocou o ex-assessor como um dos principais suspeitos de envolvimento no esquema.